Do afastamento ao impeachment: o jornalismo na construção de narrativas sobre Dilma Rousseff e os efeitos de sentido ao público leitor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Keli Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-28062021-191427/
Resumo: Esta pesquisa procura compreender como se (re)produzem os discursos jornalísticos sobre as relações de gênero em espaços públicos, estruturados sob o viés de uma perspectiva patriarcal e sexista, a partir da interação mútua virtual com os usuários em redes sociais. Durante o processo de afastamento temporário e definitivo da presidenta eleita democraticamente Dilma Rousseff, respectivamente, nos dias 12 de maio e 31 de agosto de 2016, por acusação de crime de responsabilidade à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa, os jornais de maior circulação nacional Folha de S.Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo partilharam manchetes em suas páginas no Facebook. Para tanto, esta pesquisa procura analisar a representação simbólica de Dilma, a fim de ampliar a reflexão sobre o discurso de violência, por meio de um jogo de linguagem, e depreender os possíveis efeitos de sentido interpretados. Como metodologia, têm-se as categorias de cena de enunciação (englobante, genérica e cenografia) e ethos discursivo introduzidos pelo linguista francês Dominique Maingueneau. No decorrer dos estudos, verifica-se se há ou não uma validação discursiva através do contrato social determinado entre quem informa e quem é informado. A legitimidade constitucional do processo que se denominou impeachment deve ser entendida ainda como um golpe mediado pelo parlamentarismo, capitalismo financeiro e conglomerados midiáticos