Isotermas de sorção-dessorção, lixiviação e liberação lenta no solo para o controle de plantas daninhas utilizando imazapic e hidróxidos duplos lamelares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Figueiredo, Martinho Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Agronomia - Produção Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HDL
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33409
Resumo: A crescente preocupação com a sustentabilidade agrícola tem motivado a pesquisa de novas estratégias para o manejo de plantas daninhas, visando principalmente reduzir o uso de herbicidas convencionais e minimizar os impactos ambientais. Nesse contexto, os Hidróxidos Duplos Lamelares (HDL) surgem como materiais promissores, permitindo a liberação gradual de herbicidas no solo. O objetivo desta pesquisa foi sintetizar e aplicar um HDL de Mg e Al contendo o herbicida imazapic, explorando sua eficácia na retenção no solo, lixiviação e eficácia agronômica em condições tropicais. O HDL-Imazapic foi sintetizado pelo método de coprecipitação a pH constante. As análises de caracterização foram realizadas utilizando Difração de raios X (DRX), Espectroscopia de Absorção Molecular na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier por Refletância Total Atenuada (FTIR-ATR) e Espectroscopia Raman. Estudos de sorção e dessorção foram realizados comparando doses do HDL-imazapic com a formulação comercial do herbicida (Plateau®). Estudos de lixiviação foram conduzidos com ambas as formulações (HDL-imazapic e formulação comercial) nas doses de 0, 11, 21, 50, 84, 105 e 210 g ha-1, em simulações de chuva de 20, 40, 80 e 100 mm. Estudos de eficácia agronômica foram realizados em duas espécies de plantas daninhas (Emilia fosbergii e Bidens pilosa), avaliando o nível de injúria e massa seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR) com as mesmas doses avaliadas na lixiviação. O difratograma do HDL-imazapic apresentou picos característicos da formação de um composto lamelar e o espaçamento basal, calculado por meio da equação de Bragg, revelou a formação de um composto lamelar formado na síntese direta do imazapic, apesar de não ter diminuído seu espaçamento basal 7,07 ?. O espectro FTIR-ATR apresentou grupos funcionais característicos do imazapic. Nos estudos de sorção- dessorção, os valores de Kf do HDL-imazapic (14,95 mg(1–1/n) L1/n kg-1) foram superiores aos da formulação comercial (7,2 mg(1–1/n) L1/n kg-1), indicando que a interação do HDL com o herbicida reteve a molécula de imazapic no solo. Os estudos de lixiviação confirmaram a eficácia do HDL-imazapic em minimizar a movimentação do herbicida para camadas mais profundas do solo, evidenciando uma liberação gradual e prolongada ao longo do tempo. Nos estudos de eficácia agronômica, com o uso do HDL-imazapic, foi possível verificar uma maior eficiência no controle de E. fosbergii em comparação com a formulação comercial, reduzindo a MSPA e MSR com doses mínimas. Com o menor valor de C80 foi de 69 g ha-1 aos 40 dias após a aplicação (DAA), enquanto os valores de GR80 foram de 196 e 96 g ha-1 para MSPA e MSR, respectivamente. Esses resultados indicaram que o HDL- imazapic não apenas ofereceu uma solução promissora para o controle eficaz de plantas daninhas, mas também pode minimizar os impactos no meio ambiente. Palavras-chave: retenção no solo; hdl; ; herbicida,; transporte,; eficiência agronômica.