Movimento dos atingidos pela barragem de Fumaça - MG: Caminho para o empoderamento da mulher?
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento Mestrado em Extensão Rural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4167 |
Resumo: | Esta dissertação analisou os efeitos sociais na vida das mulheres que participam do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Tomou-se como referência três localidades rurais do interior do Estado de Minas Gerais, quais sejam: Miguel Rodrigues, Emboque e reassentamento Guaiana; todas atingidas pela Pequena Central Hidrelétrica Fumaça. A pesquisa teve como objetivo investigar os efeitos sociais da participação feminina no MAB nas relações de gênero e nas formas de empoderamento, no âmbito público e privado. Buscou-se perceber as relações de poder a partir dos lugares vividos da casa e da propriedade, da comunidade e do movimento social, focalizando as categorias como Lugar, divisão sexual do trabalho e empoderamento. Trata-se de uma pesquisa descritiva e explicativa que fez o uso de questionários, de entrevistas semi-estruturadas, da análise documental e das anotações no diário de campo para a coleta de dados. Os resultados apontaram que a participação das mulheres na ação coletiva se vincula primeiramente ao desejo de manutenção dos seus modos de vida, mesmo sob formas de poder que causam as disparidades de gênero. Além disso, mesmo que as mulheres participem dos grupos de base nas comunidades e de outros espaços fora de suas localidades, estas não conseguem romper com os papéis de gênero que demarcam os lugares femininos e masculinos nos espaços familiares, da casa, da propriedade, assim como nos espaços comunitários. O que confere a manutenção de relações de poder e dos papéis fixos e rígidos para mulheres e homens nos espaços públicos das comunidades em que vivem. Mas, observou-se uma diferenciação na movimentação feminina entre as esferas privada e pública, que ocasiona maior o empoderamento das lideranças do que para demais mulheres organizadas. |