Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Agrizzi, Ana Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28890
|
Resumo: |
A rica biodiversidade vegetal da Mata Atlântica, associada a bioprospecção de produtos naturais, é uma importante fonte de novos compostos anticolinesterásicos e antibacterianos. Este trabalho teve como objetivo produzir uma coleção de extratos de espécies nativas do ecossistema de restinga, associado ao domínio Mata Atlântica, e avaliar seu potencial anticolinesterásico e antibacteriano. Em expedições ao Parque Estadual de Itaúnas-ES (PEI), foram coletadas folhas, galhos ou parte aérea (herbácea) de 30 espécies vegetais, distribuídas em 23 famílias botânicas. A partir do material vegetal pulverizado, foram produzidos os extratos empregando diferentes solventes extratores. A avaliação da atividade anticolinesterásica in vitro foi realizada a partir de ensaio de inibição das enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BChE) pelo método de Ellman com adaptações. Já a atividade antibacteriana in vitro foi avaliada pelo método de microdiluição contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Posteriormente, o extrato mais promissor para cada atividade foi submetido a fracionamento bioguiado pelo método de partição líquido-líquido (PLL) com solventes de diferentes polaridades. Prospecção fitoquímica dos extratos e das frações bioativas foi realizada por cromatografia em camada delgada usando padrões e reveladores específicos para cada classe de metabólitos secundários. Fingerprint da fração que apresentou maior percentual de inibição sobre a enzima AChE foi feita por HPLC-DAD. A identificação dos compostos antibacterianos presentes na fração mais ativa foi realizada por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-EM). Os resultados indicaram o extrato metanólico de folhas de Myrciaria strigipes como o mais promissor na inibição de AChE e BChE. Após fracionamento, a fração em acetato de etila (EFMs), constituída por uma mistura de compostos flavonoídicos, foi a mais promissora, com inibição para AChE de 83% (400 µg/mL). O extrato em diclorometano-metanol (1:1, v/v) de folhas de Eugenia astringens (EBEa) foi o mais ativo contra a bactéria S. aureus. Após PLL, a fração hexânica (HFEa) obtida foi a que apresentou os menores valores de CIM contra seis bactérias do gênero Staphylococcus, incluindo a estirpe USA 300.Interação sinergística foi identificada entre EBEa ou HFEa e o antibiótico ofloxacina. Cinco compostos sesquiterpenos foram identificados em HFEa, sugerindo contribuírem para a atividade antibacteriana apresentada. Os resultados apontam para um potencial anticolinesterásico de M. strigipes e antibacteriano de E. astringens. Ambas as espécies, pela primeira vez, são relatadas como fontes de produtos naturais bioativos para as atividades avaliadas. A continuidade na investigação é necessária para a completa identificação dos compostos ativos e a determinação de seus mecanismos de ação. Palavras-chave: Atividade anticolinesterásica. Atividade antibacteriana. Myrciaria strigipes. Eugenia astringens. |