Myrtaceae na floresta atlântica de terras baixas do Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Sampaio Amorim, Bruno
Orientador(a): Vinícius da Silva Alves, Marccus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/414
Resumo: Myrtaceae apresenta cerca de 2300 espécies e 30 gêneros de distribuição Sul-americana, onde Chile e Brasil são os países com a maior ocorrência de gêneros endêmicos. A Floresta Atlântica é considerada como um dos centros de diversidade para a família, onde é a sexta mais representativa com 636 espécies, das quais 80% são endêmicas deste Domínio. Em Pernambuco, a Floresta Atlântica é classificada como estacional semi-decidual, caracterizada pela pluviosidade de 1000-1600 mm/ano e um período seco acima de quatro meses, sendo a faixa tratada por terras baixas situada entre 20-100 msm. Este trabalho teve como objetivo quantificar a biodiversidade de Myrtaceae na Floresta Atlântica de Terras Baixas do Estado de Pernambuco. Foram realizadas coletas sistemáticas em oito Unidades de Conservação e diversos remanescentes situados na Floresta Atlântica de Terras Baixas de Pernambuco durante o período de dezembro de 2008 a dezembro de 2010, e analisadas as coleções dos principais Herbários nacionais e internacionais. Foram encontradas 38 espécies de Myrtaceae, das quais 60% são endêmicas para Floresta Atlântica. Eugenia e Myrcia são os gêneros mais representativos com 12 spp. cada, seguidos de Psidium com quatro spp., Myrciaria com três spp., Campomanesia e Marlierea, com duas spp. cada e Calyptranthes, Gomidesia e Plinia com uma espécie cada. Eugenia é o gênero que apresenta maior número de espécies endêmicas (8 spp.), seguido de Myrcia (6 spp.). No total, foram registradas uma nova ocorrência para a região Nordeste (Myrciaria glazioviana), cinco novas ocorrências para a Floresta Atlântica ao Norte do São Francisco (Eugenia brevistyla; Marlierea excoriata; Marlierea tomentosa; Myrcia insularis e Myrcia tenuivenosa), e uma nova ocorrência para o Estado de Pernambuco (Eugenia luschnathiana). Para a categorização do nível de ameaça para conservação das espécies foram adotados os critérios da IUCN, onde se pode verificar que algumas das espécies podem ser consideradas consideradas extintas regionalmente pela falta de coleta nos últimos 50 anos (Eugenia brevistyla e Marlierea tomentosa), espécies consideradas criticamente em perigo por apresentarem ocorrência restrita a poucos remanescentes de Floresta Atlântica (Myrcia insularis, Myrcia verrucosa e Myrciaria glazioviana) e também espécies consideradas ameaçadas de extinção (Eugenia dichroma e Myrcia densa) por ocorrerem em poucos fragmentos, porém numa faixa mais extensa de Floresta Atlântica