Procariotos redutores de sulfato em amostras associadas a petróleo: diversidade e susceptibilidade a biocida químico
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31417 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.652 |
Resumo: | Os Procariotos Redutores de Sulfato (PRS) compõem um grupo diversificado de microrganismos capazes de reduzir sulfato, produzindo sulfeto de hidrogênio (H2S), um gás tóxico e explosivo. Este grupo microbiano está associado à biocorrosão de superfícies metálicas, intensificada pela atividade bacteriana resultante da formação de biofilmes, causando prejuízos ambientais e econômicos em diversas indústrias, como a indústria petrolífera. Assim, a presença e atividade desses microrganismos é um problema relevante, tornando o monitoramento e controle populacional essencial. Para o controle microbiano, os biocidas são a principal estratégia. Esses produtos químicos são aplicados em protocolos preventivos ou corretivos, visando a eliminação de comunidades sésseis e planctônicas. Também é interessante prevenir a entrada e o desenvolvimento de PRS no sistema usando membranas de dessulfatação. O conhecimento da diversidade da comunidade, além do isolamento e identificação dos microrganismos que o compõem, é necessário para uma melhor caracterização do grupo e das comunidades em que está inserido. Portanto, este trabalho teve como objetivo analisar a diversidade de amostras de membranas de dessulfatação da água do mar, bem como o isolamento e identificação taxonômica de PRS dessas amostras, sendo ambas as análises direcionadas ao gene 16S rRNA. Além disso, foi avaliada a eficiência dos tratamentos corretivo e preventivo em comunidades planctônicas e sésseis de águas de produção. Para isso, o método do Número Mais Provável, recomendado pela NACE International, e métodos independentes de cultivo foram aplicados: PCR digital, citometria de fluxo, quantificação de ATP e titulação potenciométrica de sulfeto de hidrogênio. Na análise da diversidade da membrana de dessulfatação, 31 filos, 56 classes, 124 ordens, 188 famílias e 298 gêneros foram observados, com abundância variada entre as diferentes amostras, que também apresentaram diversidade e dominância variáveis. Foram obtidos 23 isolados pertencentes ao filo Bacteroidetes, Firmicutes e Proteobacteria. Assim, foi possível caracterizar a comunidades de membranas de dessulfatação, ainda sendo necessários mais estudos para caracterização dos isolados. Em relação ao monitoramento de comunidades de água de produção tratadas com THPS, um efeito prolongado foi observado para aplicação preventiva do químico, com o desenvolvimento da comunidade após o sétimo dia. Enquanto isso, no tratamento corretivo, foram observados efeitos pontuais de redução, principalmente entre os dias 5 e 7. Em geral, o tratamento preventivo apresentou maior eficiência, mas a ação química foi direcionada para a comunidade planctônica em ambos os tratamentos. Quanto às diferentes metodologias de monitoramento, foi possível perceber respostas mais uniformes e consistentes com o que se esperava na quantificação de atividade metabólica (ATP e sulfeto de hidrogênio). Assim, os resultados deste estudo seriam bem complementados com análises da diversidade e sucessão dessas comunidades, esclarecendo mudanças que ocorreram na comunidade durante os tratamentos. Quanto ao monitoramento, metodologias baseadas na atividade metabólica foram mais apropriadas para o propósito e seria interessante analisar conjuntos de amostras maiores para confirmar a aplicabilidade dessas técnicas. Palavras-chave: PRS. Monitoramento microbiológico. Membrana de dessulfatação. Água de produção. |