Banco de sementes do solo, regeneração natural e dinâmica da serapilheira em área minerada em processo de restauração no sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Miranda Neto, Aurino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6242
Resumo: Este estudo teve como objetivo geral avaliar o banco de sementes do solo, o estrato de regeneração e a serapilheira de uma área minerada em processo de restauração, após dez anos de sua implantação. Na área, foram alocadas 40 parcelas de 3,0 x 3,0 m. Em cada parcela coletou-se uma amostra de solo superficial (0,25 x 0,30 x 0,05 m) para avaliação do banco de sementes do solo pelo método de germinação em casa de sombra, durante seis meses. Para avaliar o estrato de regeneração, todos os arbustos e árvores com altura ≥ 0,30 m e diâmetro a 1,30 m de altura (DAP) ≤ 5,0 cm presentes nas parcelas foram amostrados e classificados em categorias sucessionais e síndromes de dispersão. Foram instalados 40 coletores de 1 m2. O material (serapilheira) interceptado pelos coletores foi coletado mensalmente, durante um ano, e separado em frações: folha, flor, fruto/semente e ramos. Em seguida, a produção foi quantificada. Quarenta litterbags foram distribuídos na área de estudo. Foi estimada a taxa de decomposição "k" e o tempo de meia vida (t 0,5 ) da serapilheira. No banco de sementes emergiram 2.489 plântulas, pertencentes a 69 espécies e 23 famílias botânicas, e densidade de 830 propágulos m -2 . As famílias com maior densidade foram Poaceae e Cannabaceae. Houve maior proporção de espécies e indivíduos da categoria sucessional pioneira e síndrome de dispersão zoocórica. No estrato de regeneração natural foram registrados 705 indivíduos, 80 espécies e 30 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Fabaceae e Melastomataceae e a espécie com o maior valor de importância (VI) foi Myrcia splendens (Sw.) DC. Predominaram as espécies secundárias iniciais e zoocóricas. A produção anual de serapilheira foi estimada em 6.772 ± 1.940 kg ha -1 . A fração predominante foi de folhas (5.101 ± 1.486 kg ha -1 ). A maior taxa de decomposição e consequente menor valor de meia-vida foram registrados no período outubro-dezembro de 2012. Com os resultados obtidos, após dez anos de implantação do projeto de restauração, em relação a composição florística do estrato de regeneração, da capacidade de resiliência da floresta e da dinâmica da serapilheira, pode-se considerar que os processos ecológicos da área foram restaurados com sucesso.