À sombra das palavras: re-visitando o cânone em A Tenda, de Margaret Atwood

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Resende, Allan Franck de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9773
Resumo: Ao longo do tempo, o cânone literário tem se nutrido de imagens recorrentes e consagradas pelo publico leitor, e renovado os significados, trazendo à tona valores que, ao mesmo tempo, se interrogam e se projetam em constante dialogo com e/ou oposicao a outros tradicionalmente assimilados. Neste aspecto, o conto literário tem se desdobrado em instigantes narrativas, as quais, abordando os mais diferentes e inusitados assuntos, mostram-se como recortes oportunos e interessantes registros das subjetividades do seu tempo. Pela sua concisão, em especial, o conto breve da pós-modernidade presta-se à exploração de um olhar crítico sobre o passado, o presente, e a representação que se tem feito da mesma. A partir deste horizonte, a presente dissertação tem como objeto de estudo três narrativas breves da coletânea A Tenda, de Margaret Atwood (2006), a saber: “Não é fácil ser Semidivino”, “Salomé era uma dançarina” e “A versão de Horácio”. Nestas, a autora proporciona uma re-leitura das personagens clássicas Helena de Troia, Salomé, e Horácio de Hamlet, a quem revisita através de uma ótica paródica. Dessa maneira, o presente estudo objetiva explorar os recursos narrativos ligados à intertextualidade, enveredando-se pelas fronteiras do gênero e perfazendo, assim, as subversões do conceito. Para que esse objetivo fosse alcançado, a fundamentação teórica desta dissertação foi baseada principalmente nos estudos sobre intertextualidade, feitos por Julia Kristeva (1969); nas pesquisas sobre as narrativas breves, realizadas por Nadia Batella Gotlib (2006), Ricardo Piglia (2002); nos estudos sobre o gênero, de Jane Flax (1991), Judith Butler (2008), e Linda Hutcheon (1989; 2002), em especial no que tange à interlocução destes últimos com representações históricas e paródicas no âmbito do pós-modernismo e da crítica da contemporaneidade.