Paródia e escrita de autoria feminina em "Penelopeia", de Margaret Atwood

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Reis, Yasmin Kimberlyn Camargo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1623
Resumo: A present e dissertação analisa o romance Penelopiad: The Myth of Penelope and Odisseus, de Margaret Atwood, que recebeu a tradução para o português brasileiro A odisseia de Penélope . Este romance seria uma narrativa sobre a história de Odisseu e de Penélope, contad a sob o ponto de vista da rainha de Ítaca. Assim, esta dissertação analisa o romance de Atwood como uma “ Penelopeia ”, ou seja, uma versão do mito clássico contada s ob o ponto de vista de Penélope que, na visão clássica, estava silenciada, já que a epopeia era um gênero narrativo predominantemente masculino. Ao dar voz a u ma personagem historicamente silenciada, Atwood atualiza o mito, dando lhe uma visão alternativa e que, em diversos pontos, dialoga, mas se diferencia da versão grega, em especial, da versã o homérica. A paródia seria, dess a forma, uma força centrípeta e centrífuga, pois, ao mesmo tempo que aproximam versões, também as diferenciam. Um segundo ponto também se destaca: a narrativa de autoria feminina. Nesse sentido, é possível identificar as pr incipais diferenças presentes na epopeia escrita por Homero e da narra tiva de Atwood que aborda questões com relação à presença da mulher na ficção e na autoria de uma história. Assim, serão apresentadas a ideia da intertextualidade paródica que o romance tem com participação da poesia épica, como também a ideia do silenciamento e da ascen s ão da voz feminina no meio literário tendo como base a narrativa de Margaret Atwood.