Respostas ecofisiológicas e produtivas de plantas juvenis de macaúba em consórcio com braquiária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Elma dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Doutorado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1209
Resumo: Acrocomia aculeata, popularmente conhecida como macaúba, destaca-se pela sua grande capacidade de produção de óleo, tanto para produção de biodiesel, como para outros setores industriais, além do aproveitamento integral dos subprodutos que agrega valor a esta palmeira. A espécie apresenta grande rusticidade e plasticidade ecológica sendo possível cultivála em sistemas agroflorestais como o silvipastoril. Entretanto, para a comprovação da compatibilidade da macaúba com a prática silvipastoril é necessário a investigação dos aspectos ecofisiológicos e produtivos da espécie consorciada com pastagens e em diferentes espaçamentos. Desta forma, os objetivos foram avaliar o efeito dos espaçamentos de plantas juvenis de macaúba consorciada com braquiária sobre a umidade do solo, índice de área foliar, radiação fotossinteticamente ativa, nas variáveis de trocas gasosas, em especial a eficiência na assimilação de CO2, no crescimento, produção de biomassa e acúmulo de carbono. O experimento foi realizado na Estação Experimental de Araponga, pertencente à Universidade Federal de Viçosa, localizada no município de Araponga MG. Mudas de macaúba foram plantadas em cinco espaçamentos consorciados com braquiária. As avaliações foram realizadas em épocas distintas de disponibilidade hídrica. Nas condições que foram desenvolvidas este estudo, pode-se concluir que a umidade do solo não foi influenciada pelos espaçamentos de plantas juvenis de macaúba consorciadas com braquiária. A passagem de radiação fotossinteticamente ativa para o sub-bosque, também não foi afetada e a produção de matéria seca da braquiária manteve-se satisfatória. O índice de área foliar das plantas juvenis de macaúba não foi afetado pelos diferentes espaçamentos. Em relação aos parâmetros de trocas gasosas, os valores médios absolutos em ambas as épocas, indicam que o processo assimilatório de CO2 é contínuo e suficiente para assegurar o desenvolvimento e crescimento das plantas de macaúba, apesar de na estação seca ocorrer um decréscimo significativo da fotossíntese líquida. As variáveis de crescimento, biomassa, acúmulo de carbono e CO2 assimilado não foram afetadas negativamente pelos espaçamentos de plantas juvenis de macaúba consorciadas com braquiária demonstrando aporte contínuo de carbono ao longo do período de análise. Portanto, o consórcio de plantas juvenis de macaúba com braquiária é viável, uma vez que não foram observados efeitos que possam restringir o crescimento e desenvolvimento dos dois componentes vegetais. A escolha do espaçamento para um plantio racional dependerá do objetivo da prática agrícola. Adicionalmente a implantação da macaúba em sistemas agroflorestais apresentou considerável potencial para o sequestro de carbono, tornando seu cultivo uma atividade ambientalmente sustentável.