Processos hidrológicos em uma bacia hidrográfica coberta por Mata Atlântica, em Viçosa - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Naiara Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7302
Resumo: O presente trabalho teve o objetivo de avaliar diferentes etapas deste ciclo como precipitação interna, escoamento pelo tronco, precipitação efetiva e interceptação, em um fragmento de Mata Atlântica com estágio avançado e inicial de regeneração. Este trabalho foi conduzido no município de Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais, na Estação de Pesquisa Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso. O fragmento estudado está dentro do domínio de Floresta Estacional Semidecidual com uma área de 195 ha em diferentes estágios de regeneração. Para a obtenção dos dados foram colocadas, nos dois estágios de regeneração, três parcelas de 20 x 20 m, com 25 pluviômetros para coletar precipitação interna. Dentro de cada parcela destas, foi alocada uma subparcela de 10 x 10 m, nas quais as árvores com CAP, maiores ou iguais a 15 cm receberam coletores de poliuretano para captar o escoamento pelo tronco. Dentre estes indivíduos, os que coletaram valores superiores a 20L tiveram seus, potenciais de escoamento pelo tronco relacionado com suas características individuais como CAP, altura total, área de copa, altura de copa, densidade de copa, qualidade de fuste, qualidade de copa, presença de cipó, característica do súber, forma de copa, inserção de galhos e estrato florestal. O escoamento superficial foi estudado pela média das parcelas com serrapilheira, sendo três com histórico de retirada de perturbação atrópica e três com a serrapilheira preservada sendo a testemunha. E também pela média de três parcelas com serrapilheira, testemunha e três sem serrapilheira, solo exposto. A vazão foi monitorada em um vertedouro pelo método direto de medição com o auxilio de provetas e baldes graduados. A precipitação efetiva e a interceptação foram 83,02% e 16,46%, respectivamente para o estágio inicial e 71,50% e 27,98%, respectivamente para estágio avançado de regeneração, sendo todos referentes à precipitação em aberto, que foi de 1333 mm. Nas parcelas de escoamento pelo tronco foram amostrados 129 indivíduos, destes 79 tiveram suas características individuais relacionadas às suas potencialidades de escoamento pelo tronco, sendo que altura total, área de copa, qualidade de copa, qualidade de fuste, presença de cipó, inserção de galhos, densidade de copa e característica do súber, tiveram seus coeficientes de correlação considerados significativos pelo teste t a 5% de probabilidade. O escoamento superficial no primeiro estudo foi de 1,5% nas áreas com histórico de remoção de serrapilheira em comparação com 1,88% das áreas com serrapilheira preservada sendo a percentagem em relação à precipitação em aberto de 807,84mm. No segundo estudo o escoamento superficial foi de 1,89% em áreas sem a presença de serrapilheira em comparação a 1,94% em áreas de serrapilheira preservada em relação à precipitação em aberto que foi de 524,85mm. A vazão foi nula em agosto de 2014, em setembro de 2014 o monitoramento foi interrompido. Os dois estágios de regeneração não apresentaram diferenças estatísticas, portanto não foram significativos estatisticamente pelo teste F. Dentre as características individuais das árvores em relação ao volume escoado pelos seus troncos, as que tiveram maiores coeficientes de correlação foram: forma de copa e características do súber.