Caracterização de processos hidrológicos em ambientes de estágio inicial e avançado de regeneração em Floresta Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Freitas, João Paulo Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3166
Resumo: Estudar o ciclo hidrológico e como os processos ocorrem dentro das florestas é de fundamental importância no manejo de bacias hidrográficas. Com a redução de sua área original, os pequenos fragmentos de Mata Atlântica se tornaram verdadeiros laboratórios indispensáveis para o estudo da dinâmica da água. Este trabalho teve por objetivo comparar a precipitação interna, o escoamento pelo tronco, a interceptação e a precipitação efetiva em um fragmento florestal de Mata Atlântica em dois estágios sucessionais; avaliar o escoamento superficial e a influência da serapilheira sobre ele; bem como a capacidade de retenção hídrica da serapilheira e a vazão da bacia hidrográfica da Mata do Paraíso. Foi conduzido na Estação de Pesquisas, Treinamento e Educação Ambiental Mata do Paraíso, situada no município de Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais durante o período de janeiro de 2012 a julho de 2013. A área de estudo possui 194 ha e está localizada no domínio de Floresta Estacional Semidecidual, compondo um mosaico em diferentes estágios sucessionais. Para a avaliação da precipitação efetiva e da interceptação foram alocadas, em cada estágio de regeneração, três parcelas de 20 x 20 m, com pluviômetros de precipitação interna. Dentro de cada parcela de precipitação interna foi alocada uma sub parcela de 10 x 10 m, nas quais foram instaladas coletores de escoamento pelo tronco em todas as árvores com CAP ≥ 15 cm. O escoamento superficial foi obtido em três parcelas com e sem presença de serapilheira. Para o monitoramento da vazão foi utilizado o método direto. A precipitação efetiva e a interceptação foram de 1544 mm e 390 mm, respectivamente, para o estágio inicial e de 1435 mm e 499 mm, respectivamente, para o estágio avançado de regeneração, correspondendo, respectivamente, a 79,8%, 20,2%, 74,2%%, 25,8% da precipitação em aberto, que foi igual a 1934 mm. O escoamento superficial na parcela com serapilheira foi de 21 mm e na parcela com solo exposto foi de 24 mm, correspondendo a 1,8% e 2,00 % da precipitação em aberto. A capacidade de retenção hídrica da serapilheira foi de 3,747 kg/kg. A vazão média durante o período de estudo foi de 1,89 l/s. Foi observado durante o período de estudo que somente o escoamento pelo tronco diferiu significativamente entre os dois estágios sussecionais. Apesar de não apresentar diferença entre as parcelas com serapilheira e solo exposto no escoamento superficial a sua presença é de fundamental importância para o ecossistema. A vazão apresenta uma resposta rápida à precipitação porém somente precipitações elevadas é que se têm picos elevados de vazão.