Brincadeira, riso e insulto ritual na fala-em-interação em sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Elayne Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6252
Resumo: Esta pesquisa fundamenta-se nas teorias da Análise da Conversa Etnometodológica, especificando sua origem, seus autores e seus principais pressupostos teóricos, e na Sociolinguística Interacional, expondo os conceitos de enquadre, mais especificamente o enquadre de brincadeira, footing e alinhamento, pistas de contextualização e face, numa revisão de trabalhos relacionados ao riso, a fim de entendermos melhor a sua contribuição na construção do enquadre de brincadeira na interação em sala de aula e nas Regras do Insulto Ritual (LABOV, 1972). O principal objetivo deste trabalho é descrever a construção do enquadre de brincadeira na fala-em-interação em sala de aula a partir do riso e do insulto ritual. Os dados foram gerados em uma escola pública localizada na Zona da Mata mineira, especificamente numa turma de 8o ano do Ensino Fundamental, em aulas de Língua Portuguesa e foram obtidos a partir de quatro etapas: 1) geração de dados por meio de gravações em áudio; 2) aplicação de questionário sociométrico; 3) segmentação dos dados relevantes para os interesses de pesquisa; 4) transcrição e análise dos dados. As gravações somaram um total de duas horas e vinte e dois minutos de interação e foram transcritas e analisadas a partir da perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica. A partir dos dados analisados, estabelecemos a categorização dos insultos rituais encontrados nas interações: 1. A professora insulta o aluno; 1.1. O aluno auxilia a professora no insulto; 2. O aluno insulta a professora; 3. Insulto entre os alunos. Os dados demonstraram que os alunos participantes constroem o enquadre de brincadeira naquele ambiente institucional da sala de aula sob a orientação da professora participante e das pistas de contextualização que emergem a partir dos risos e dos insultos rituais surgidos em determinados momentos da interação.