Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Dias, Danielle Roberta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6359
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Resumo: |
Esta dissertação, embasada em teorias propostas, principalmente, pela Sociolinguística Interacional e pela Análise da Conversa Etnometodológica, investiga a organização interacional do evento aula de Língua Portuguesa em uma escola Waldorf, analisando as estruturas de participação em sala de aula, a fim de focalizar a participação e o envolvimento dos alunos. Os dados foram gerados através da observação participante e da gravação em áudio da fala-em-interação de uma turma do 6o Ano do Ensino Fundamental na maior instituição Waldorf de Minas Gerais. Após a geração dos dados, transcrevemos, segundo convenções desenvolvidas por Gail Jefferson, presentes em Sacks, Schegloff e Jefferson (2003), uma aula de Português, cuja duração é de 120 minutos, e a analisamos a partir da perspectiva êmica. Os resultados revelam que, na Parte Rítmica da aula, os estudantes mostram-se muito participativos e envolvidos com as atividades que a professora propõe, tanto que se autosselecionam para falar constantemente e, por exemplo, indicam educandos para executar as performances, sugerem verbos para a conjugação, recomendam tempos do modo indicativo e ajudam os colegas com as respostas. Outro momento da aula em que os discentes participam e envolvem-se muito ocorre, na Fase Final, com a recontagem da história do dia anterior. Já em situações de manutenção da hierarquia e assimetria na relação entre os dois principais agentes do discurso produzido em sala de aula é notória uma redução expressiva (não extinção) da participação e do envolvimento dos alunos nas atividades, o que pode ser comprovado pelas longas pausas sem tomada de turno. Porém, averígua- se algo valoroso sob a ótica educacional, visto que as práticas conversacionais ali construídas podem ser consideradas bem distintas do que normalmente se associa a uma sala de aula tradicional. Embora a docente utilize perguntas de respostas conhecidas, seu propósito não é avaliar os estudantes, mas sim coconstruir conhecimento, mesmo tendo, para isto, um trabalho adicional e custoso. |