Avaliação in silico da interação do derivado de heparina não anticoagulante Dociparstat Sodium (DSTAT) com LPG3 e de seu efeito in vitro na infecção de macrófagos por Leishmania chagasi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Garcia, Ingrid Rabite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Biologia Celular e Estrutural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31920
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.456
Resumo: Contextualização: Há uma necessidade urgente de novos tratamentos para combater a Leishmaniose Visceral (LV). A proteína LPG3 de Leishmania chagasi foi considerada por nosso grupo de pesquisa como potencial alvo para novos fármacos contra LV.O bloqueio dessa proteína pela heparina sódica reduziu a internalização de formas promastigotas do parasita em macrófagos. No entanto, o uso da heparina sódica na LV é limitado devido a sua potente atividade anticoagulante. Objetivo: Investigar in silico e in vitro a hipótese de que o bloqueio da proteína LPG3 pela heparina não-anticoagulante (DSTAT) interfere no processo de infecção parasitária. Métodos: Primeiramente, previmos in silico a interação de DSTAT com a proteína LPG3, bem como sua afinidade de ligação, utilizando docking molecular do tipo receptor-ligante. Em seguida, DSTAT foi utilizada em ensaios in vitro para testar a toxicidade em macrófagos RAW 264.7, sua atividade leishmanicida contra formas promastigotas de L. chagasi e sua atividade antileishmania em processos de adesão e internalização de formas promastigotas de L. chagasi em macrófagos. Resultados: O docking molecular revelou a ligação de DSTAT no sítio previsto para heparina na proteína LPG3 com uma afinidade de ligação ligeiramente maior que a heparina sódica. Nos ensaios in vitro, as concentrações testadas de DSTAT não foram tóxicas para os macrófagos e a maior concentração selecionada (300 µg/mL de DSTAT) não apresentou efeito leishmanicida contra formas promastigotas de L. chagasi. Por outro lado, DSTAT (100 µg/mL) levou à redução na internalização de L. chagasi em macrófagos, sem interferir na adesão parasitária. Conclusão: Tratamento com heparina não-anticoagulante DSTAT interfere na infecção de macrófagos por formas promastigotas de L. chagasi, provavelmente pelo bloqueio da proteína LPG3 do parasito, sem causar toxicidade para ambas células. Palavras-chave: LPG3. Leishmaniose Glicosaminoglicanos. Heparina. Visceral. Leishmania chagasi.