Caracterização da proteína LPG3 de Leishmania infantum chagasi como proteína ligante de heparina e avaliação de sua aplicação no imunodiagnóstico da LVC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Martins, Thaís Viana Fialho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11682
Resumo: Leishmania infantum chagasi é um protozoário intracelular responsável por causar uma doença fatal em humanos, a leishmaniose visceral. Identificar moléculas que estejam envolvidas no processo de infecção da célula do hospedeiro pelo parasito é importante para a concepção de estratégias para o controle da doença. Dentre estas moléculas estão as Proteínas Ligantes de Heparina (PLH’s), cuja característica principal é a capacidade de se ligar a carboidratos presentes em glicoproteínas ou glicolipídios. Há evidências de que PLH’s presentes na superfície de Leishmania participam dos processos de adesão e penetração dos parasitos nos tecidos e células, tanto dos hospedeiros vertebrados quanto dos invertebrados. Portanto, compreender as interações entre a PLH de L. chagasi (PLHLc) e o açúcar ao qual ela se liga, a heparina, bem como demonstrar propriedades da proteína, é importante para desenvolver mecanismos que interrompam a progressão da infecção. Este trabalho foi dividido em dois manuscritos onde foi proposto para o primeiro identificar e realizar análises estruturais in silico e análises funcionais da PLHLc. A proteína foi sequenciada e identificada como sendo a proteína LPG3 de L. infantum chagasi, que foi então sintetizada, clonada e a composição da sua estrutura foi determinada. Cromatografia de gel filtração, eletroforese em gel não desnaturante e ensaio de cross- linking sugerem que a rPLHLc/LPG3 está organizada como um tetrâmero. Calorimetria de titulação isotérmica confirma a capacidade da proteína em se ligar a heparina com afinidade micromolar. A inibição da atividade ATPásica pela presença da heparina, juntamente com as análises in silico, sugerem que o sítio de ligação a heparina sobrepõe ao sitio de ligação ao ATP. No segundo trabalho a proteína recombinante produzida foi avaliada para o imunodiagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina apresentando sensibilidade de 79-87% e especificidade de 63-83%, indicando o potencial da rPLHLc/LPG3 recombinante no diagnóstico imunológico da LVC.