Avaliação da proteção conferida a camundongos BALB/c contra Leishmania infantum chagasi após imunização com proteína ligante de heparina do parasito (PLHLc)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Emerick, Sabrina de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9239
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por protozoários parasitas intracelulares da espécie Leishmania infantum chagasi nas Américas. Esses parasitos possuem forte tropismo por órgãos viscerais, especialmente baço, fígado e medula óssea, onde se proliferam e provocam lesões podendo ser letal caso não sejam tratadas. O parasito possui moléculas consideradas fatores de virulência que vem sendo intensamente investigadas. Entre elas destacamos as proteínas ligante de heparina (PLH), glicoproteínas relacionadas em diversos trabalhos na literatura com o processo de adesão e internalização do parasito à célula hospedeira. Nesse trabalho utilizamos a PLH de L. infantum chagasi (PLHLc) em experimentos de imunização de camundongos BALB/c para avaliar a proteção conferida a esses animais após desafio com as formas promastigotas do parasito. Foram avaliadas a carga de parasitos no baço e no fígado, produção de citocinas (IFN- , TNF, IL-2, IL-17, IL-6, IL-10 e IL-4) e de óxido nítrico (NO) após imunização com PLHLc isolada ou associada ao Adjuvante Incompleto de Freund (AIF) e Adjuvante Saponina (SAP), quatro semana após o desafio. Os camundongos foram imunizados por via intraperitoneal ou subcutânea, sendo submetidos a duas doses de reforço utilizando o mesmo protocolo da primeira imunização. Quinze dias após a última dose os camundongos foram infectados com 1 x 10 7 promastigotas de L. infantum chagasi em fase final logarítmica de crescimento. Quatro semanas após a infecção os animais foram eutanasiados e o baço e o fígado foram coletados para ensaio da quantificação da carga parasitária e avaliação da produção de citocinas e NO por citometria de fluxo e pelo método de Griess, respectivamente. Nossos resultados mostraram que o grupo imunizado apenas com PLHLc não apresentou redução da carga parasitária e os esplenócitos estimulados in vitro com antígeno particulado de L. infantum chagasi (AgLc) produziram citocinas IL-6 e IL-17, ambas de padrão de resposta imune Th17 e a citocina IL-10. O grupo imunizado com PLHLc + AIF apresentou redução da carga de parasitos apenas no baço e produziram citocinas IFN- e IL-2 (Th1), IL-6 e IL-17 (Th17) e IL-10. O grupo imunizado com PLHLc + SAP apresentou redução da carga parasitária no baço e no fígado. Os esplenócitos desse grupo estimulados in vitro com AgLc produziram maiores médias de citocinas de padrão de resposta imune Th1 e Th17 e a citocina reguladora IL-10 comparado com os grupos anteriores. Em relação a produção de NO por esplenócitos estimulados in vitro com AgLc níveis basais foram detectados pelo método de Griess em todos os grupos avaliados. Os resultados alcançados nos mostra que a PLHLc associada ao adjuvante Saponina representa uma forte candidata a vacina contra LV e nos direciona para uma nova etapa de investigação, a proteção conferida pela PLHLc recombinante.