Os efeitos da fragmentação da Mata Atlântica sobre a riqueza e abundância de Accipitriformes e Falconiformes na Zona da Mata de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biologia e Manejo animal Mestrado em Biologia Animal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2259 |
Resumo: | Esta dissertação avaliou a composição da assembleia de Accipitriformes e Falconiformes da região de Viçosa, investigando a influência da paisagem na riqueza e na abundância destas espécies. Os censos foram realizados entre os anos de 2009 e 2010, quando foram empregados os seguintes métodos: i) pontos de observação realizados de 07 ás 12 h; ii) atrativo acústico (playbacks); iii) transectos de varredura. Para cada espécie foi calculado o índice pontual de abundância (IPA) e a freqüência de ocorrência (FO). Foi avaliado o efeito das variáveis de 35 fragmentos florestais (área, isolamento, tipos de vegetação e relevo) sobre a ocorrência destas espécies. A influência da paisagem do entorno foi avaliada com a cotação de raios a partir do centróide de cada fragmento amostrado (500, 1000, 1500 e 2000m), considerando as seguintes métricas: porcentagem de cobertura florestal (PLAND), distância média dos fragmentos (ENNMN), densidade de fragmentos (PD), quantidade de área nuclear (CORE) e tamanho médio dos fragmentos (AREAMN). Para avaliar as correlações entre as variáveis foram realizadas Análises de Trilha (path analyses). Foram registrados 17 Accipitriformes e 08 Falconiformes, quando as espécies generalistas e campestres foram as mais freqüentes e abundantes, enquanto a maioria das espécies florestais apresentou baixa abundância. Os resultados das análises de trilha demonstraram que a nível local, a área dos fragmentos foi a principal explicativa das variações nas medidas de riqueza encontradas nos fragmentos, exercendo efeito direto sobre a abundância das espécies florestais. A porcentagem de cobertura florestal e a quantidade de área nuclear foram as métricas com maior influencia sobre as variáveis principais. Tanto a riqueza como a abundância dos táxons florestais demonstraram depender primariamente da área dos fragmentos, assim como da quantidade de habitat favorável no cenário do entorno (PLAND, CORE e AREAMN), com as métricas de isolamentos e disposição (ENNMN e PD) assumindo importância marginal. Assim, os efeitos da fragmentação sobre os táxons contemplados devem ser avaliados em escalas distintas, e dentro das atuais políticas públicas direcionadas à conservação destas espécies, a composição da paisagem deve ser priorizada, garantindo a manutenção dos aspectos paisagísticos mais relevantes para a conservação regional das espécies mais seletivas. |