Filogenia de falconiformes (aves) baseada em comportamento de autolimpeza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Quadros, Alexandre Henrique de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-06062008-164100/
Resumo: Este estudo foi baseado em seqüências de autolimpeza e em métodos probabilísticos para compor as seqüências de comportamento. Foi testada a posição filogenética de membros da Ordem Falconiformes e Ciconiiformes. Sete táxons foram estudados: a garça-branca-grande, Ardea(=Casmerodius) alba, Família Ardeidae; harpia, Harpia harpjya, Família Accipitridae; gavião-do-rabo-branco, Buteo albicaudatus, Família Accipitridae; abutre-careca, Trigonoceps occipitalis, Família Accipitridae; abutre-do-coqueiro, Gypohierax angolensis, Família Accipitridae; gavião-pinhé, Milvago chimacima, Família Falconidae; urubu-comum, Coragyps atratus, Família Cathartidae. Para a análise das seqüências comportamentais foram adicionados outros sete táxons de outro estudo (Harpia foi contada apenas uma vez). As seqüências de autolimpeza para as treze espécies totalizaram 3.190, que foram usadas como caracteres filogenéticos. A análise filogenética das seqüências comportamentais resultou em uma única árvore mais parcimoniosa (CI= 0,51 e RI= 0,44). O cladograma obtido apresentou bons escores no teste Bootstrap, mas não apresentou um arranjo muito claro entre os ramos. É possível que dificuldades ao se registrar eventos comportamentais possam ter causado os problemas na topologia do cladograma. Baseando-se nessa hipótese foram excluídas três espécies que apresentaram maior incongruência na topologia. Um novo cladograma foi obtido (CI= 0,69 e RI= 0,47). A última análise propõe que Falconiformes não é um grupo monofilético; Cathartidae e Threskiornitidae são táxons estreitamente relacionados a Falconiformes. Ardea foi considerada como grupo externo e não relacionado a Threskiornitidae. Em suma, Falconiformes é apresentado como um táxon contido em Ciconiiformes; Cathartidae não é um grupo basal, ao contrário, é um grupo mais recente e grupo-irmão de Threskiornitidae. As duas espécies de abutres aparecem como grupos divergentes.