Efeitos do exercício físico sobre as propriedades morfológicas e mecânicas de miócitos cardíacos de ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Márcia Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Aspectos sócio-culturais do movimento humano; Aspectos biodinâmicos do movimento humano
Mestrado em Educação Física
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3459
Resumo: O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa de natação (PN) sobre as propriedades mecânicas e morfológicas de miócitos cardíacos das regiões do subepicárdico( EPI) e endocárdio (ENDO) do ventrículo esquerdo (VE) de ratos com diabetes experimental. Ratos (Rattus novergicus) da linhagem Wistar com trinta dias de idade (massa corporal 250g) foram submetidos à injeção intraperitoneal de estreptozotocina (STZ, 60mg/kg de massa corporal) diluída em 1mL de tampão citrato de sódio (0,1 M, pH 4.5) ou a mesma dose de tampão citrato de sódio (0,1 M, pH 4.5). Aqueles com glicemia acima de 300 mg/dL foram distribuídos aleatoriamente em diabéticos sedentários (DS, n=20) e diabéticos exercitados (DE, n=20). Os animais que não receberam STZ foram separados em controle não diabéticos (CN, n=10) e controle não diabéticos exercitados (CNE, n=10). Após 45 dias dehiperglicemia os animais DE e os CNE foram submetidos a um PN (5 dias/semana, 90 min/dia), por 8 semanas. Após eutanásia, o coração foi removido e os miócitos das regiões do sub-epicárdio (EPI) e sub-endocárdio (ENDO) do VE foram isolados e estimulados eletricamente a 1 e 3 Hz em temperatura ambiente (~25ºC). O diabetes experimental reduziu o peso corporal, o peso relativo dos ventrículos e o comprimento da tíbia. O PN não alterou o peso corporal e a glicemia nos animais dos grupos experimentais, mas aumentou o peso relativo dos ventrículos tanto nos animais diabéticos quanto nos controles não diabéticos. Não houve diferenças regionais (EPI vs ENDO) significativas nas propriedades morfológicas e mecânicas em resposta ao diabetes e ao PN. O diabetes experimental reduziu o comprimento, a largura e o volume dos cardiomiócitos. O PN aumentou a largura e o volume dos cardiomiócitos, sem alterar seu comprimento, nos animais diabéticos apenas. A amplitude de contração celular foi reduzida pelo diabetes, mas o PN aumentou essa amplitude tanto nos animais diabéticos quanto nos não diabéticos. O diabetes prolongou o tempo de contração celular, entretanto, o PN reduziu esse tempo em animais diabéticos e não diabéticos. O diabetes prolongou o tempo de relaxamento celular, todavia, o PN reduziu este tempo nos animais diabéticos e nos não diabéticos. Concluiu-se que o PN alterou as propriedades morfológicas dos miócitos do VE de ratos com diabetes experimental e atenuou as disfunções mecânicas destes cardiomiócitos, sem distinção regional.