Impactos do rompimento da barragem de Fundão - Mariana (MG) na comunidade de macroinvertebrados bentônicos da bacia do Rio Doce
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31857 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.692 |
Resumo: | Nos ecossistemas aquáticos habitam macroinvertebrados bentônicos, com diferentes funções ecológicas, densidades e riquezas. A qualidade e disponibilidade de recursos alimentares, a qualidade da água e o tipo de habitat disponíveis determinam a composição de suas comunidades. O rompimento da barragem de rejeitos da SAMARCO/BHP Billiton/Vale, em Mariana (MG), resultou no maior desastre ambiental do Brasil e um dos maiores desastres sociotécnicos do mundo, causando diversos impactos socioeconômicos e ambientais. Aqui investigamos o efeito da enxurrada de rejeitos, liberada pelo colapso da barragem, sobre os macroinvertebrados bentônicos no rio Doce, testando as seguintes hipóteses: (1) o rejeito alterou as condições ambientais, que por sua vez afetaram as comunidades de macroinvertebrados bentônicos; (2) o rejeito reduziu diretamente a riqueza e a abundância, alterando a composição das comunidades de macroinvertebrados bentônicos; e (3) o rejeito alterou a estrutura das comunidades de macroinvertebrados bentônicos, alterando o padrão de acúmulo de riqueza em resposta à abundância local destes organismos. Para avaliar o efeito do rejeito, comparamos nove locais por onde passou a onda de rejeitos (afetados), ao longo da calha do rio Doce, e seis locais que não receberam a onda de rejeitos (controle), em rios afluentes do rio Doce. Os locais por onde os rejeitos passaram apresentaram menor riqueza de macroinvertebrados bentônicos, mas a abundância, equitatividade e composição de macroinvertebrados não diferiram entre os locais afetados e controle. Nossos resultados indicam que os rejeitos liberados pelo rompimento da barragem da SAMARCO levaram a uma redução de longo prazo na riqueza de macroinvertebrados bentônicos, apesar da manutenção de outros parâmetros da comunidade. Nenhuma variável ambiental afetou a riqueza de macroinvertebrados, exceto a passagem dos rejeitos, que mostra um impacto direto e duradouro do rompimento da barragem na biota aquática do rio Doce. |