Regras de montagem das comunidades de macrófitas aquáticas na Bacia do Rio Doce após o distúrbio causado pelo rompimento da barragem do Fundão em Mariana, Minas Gerais, Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31770 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.142 |
Resumo: | O rompimento da barragem do Fundão das mineradoras Samarco/Vale/BHP em Mariana (Minas Gerais) em 2015 carrega impactos ambientais até os dias de hoje. Além do distúrbio causado pela onda de rejeitos, as populações de macrófitas aquáticas do rio Doce apresentaram perda de indivíduos possivelmente em decorrência do arraste de sedimentos e material biológico. O presente trabalho tem como objetivo investigar a metacomunidade de macrófitas ao longo da Bacia do Rio Doce e avaliar a influência de uma possível filtragem ambiental através de sinais filogenéticos em nível regional seis anos após o derramamento do rejeito. Hipotetizamos que: H1) As comunidades de macrófitas atingidas pelo rejeito do distúrbio têm agrupamento filogenético e perda de espécies esperados pelo efeito de filtragem ambiental; H2) As comunidades de macrófitas atingidas pelo rejeito do distúrbio têm superdispersão filogenética e perda de espécies esperados pelo efeito de competição; H3) O efeito encontrado é mais significativo nas áreas mais próximas à barragem. Foi realizado um levantamento das espécies em pontos localizados em áreas atingidas e não atingidas, acompanhando municípios de Minas Gerais a municípios do Espírito Santo. Em cada ponto foi mensurada a riqueza de espécies das populações de macrófitas de hábitos de vida livre e fixas, submersas e flutuantes. 87 espécies foram identificadas e agrupadas na árvore filogenética, utilizada para calcular os índices de diversidade. Os dados foram comparados entre regiões (Alto, Médio e Baixo Rio Doce), uma vez que a região mais elevada se encontra mais próxima à barragem, e entre áreas atingidas e não atingidas. Os resultados demonstram que quanto mais alta a região, menor a diversidade taxonômica. Comparando os pontos da calha principal atingida pela lama de rejeitos com os pontos coletados nos rios tributários, a diversidade de espécies é maior nas áreas não atingidas. Com relação aos parâmetros filogenéticos, todos os testes estatísticos realizados apresentaram resultados não significativos. No entanto, observa-se um padrão de maior distanciamento filogenético no Alto Rio Doce (ARD). Os resultados encontrados indicam uma perda maior de espécies na região mais próxima da barragem, sem conotação de filtragem ambiental (agrupamento filogenético) ou competição (superdispersão filogenética). Palavras-chave: Distúrbio. Macrófitas aquáticas. Metacomunidade. Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Barragem do Fundão. |