Trajetória de vida e mobilidade dos trabalhadores do Núcleo 4 do Projeto Senador Nilo Coelho, em Petrolina-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Alves, Selma Maria Rodrigues de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4152
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar as transformações na vida de pequenos agricultores de sequeiro, no tempo e no espaço, através das trajetórias geográfica e ocupacional, sob o ponto de vista intra e intergeracional com ênfase nas relações e condições de trabalho gestadas como assalariado na fruticultura irrigada de Petrolina. Observou-se que a cidade de Petrolina sofreu modificações profundas a partir da implantação do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho influenciando diretamente no fluxo populacional verificado na cidade. Procedeu-se a uma contextualização histórica e social da região, evidenciando em que aspectos houve mudança na trajetória de vida do sujeito social objeto da pesquisa. Através do estudo de caso da Comunidade do Núcleo 4 (N4), retratou-se a trajetória de vida do trabalhador rural assalariado. Este, por questões como a modernização da agricultura que provocou mudanças nas relações de produção e expulsou ou substituiu o trabalhador, advém de diversas localidades atraídos pela promessa de emprego na fruticultura. A trajetória de vida do trabalhador assalariado mostra melhorias nas suas condições de sobrevivência, principalmente, quando se compara à situação anterior. Entretanto, a despeito de fiscalizações periódicas pelos órgãos competentes, muitos aspectos das condições de trabalho ainda são precários. Fica evidente na relação de trabalho que a mobilidade geográfica e a mobilidade ocupacional contribuíram para garantir a reprodução social da família ao longo das três gerações pesquisadas. Entretanto, é mais contundente para a terceira geração (entrevistados) que decide fixar-se na cidade, quebrando um ciclo de migração antes recorrente. Contudo, adaptações constantes nas diversas atividades que desempenham são mantidas, inclusive para assegurar a empregabilidade na fruticultura irrigada. É interessante ressaltar que o fato mesmo de sair de sua localidade de origem demonstra a vontade de resistir, de provocar mudanças e caracteriza-o como um vencedor, que muitas vezes consegue êxito apesar das adversidades encontradas nas localidades de destino