Uma análise das restrições comerciais no mercado internacional de algodão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Marcela Olegário
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/12234
Resumo: O algodão possui grande relevância na cadeia produtiva de diversos bens, contribuindo, efetivamente, para a geração de renda e emprego. Apesar da utilização em diversas indústrias, o principal consumo é para a fiação destinada a indústria têxtil. Por mais de 40 anos, a indústria têxtil e de vestuário foi regida pelo Acordo Multifibras, o qual não condizia com as regras impostas pelo GATT. Em 2005, as medidas discriminatórias especiais foram eliminadas e os produtos têxteis e de vestuários foram totalmente incluídos nessas regras. Diante desse contexto, o presente estudo buscou analisar o comércio internacional de algodão, com ênfase nas principais políticas comerciais adotadas e nos seus efeitos sobre o comércio durante a transição e inserção do setor nas regras do GATT. Inicialmente, caracterizou-se o mercado internacional de algodão, desde 1995, quando foi concluída a Rodada Uruguai. Procedeu-se, então, com descrições e análises das principais políticas comerciais adotadas e, por fim, avaliaram-se os efeitos dessas políticas, sobretudo das medidas tarifárias e não tarifárias sobre os fluxos de comércio de algodão entre os principais países exportadores e importadores. Baseado no modelo gravitacional foram estimadas regressões pelos métodos Pooled e com efeitos fixos por Mínimos Quadrados Ordinários e por Poisson Pseudo Maximum Likelihood. As análises apontaram que entre 1996 e 2015 alguns países em desenvolvimento (Brasil, Índia e países da África) aumentaram sua participação no mercado exportador, enquanto os países asiáticos tem ganhado destaque nas importações e também na produção, devido à expansão do setor têxtil e de vestuário. Quanto às políticas comerciais, destacam-se os subsídios, as tarifas e as medidas referentes às exigências técnicas, sanitárias e fitossanitárias. Os resultados econométricos apontaram que as medidas técnicas contribuíram para o aumento da transparência permitindo avanços no comércio. No entanto, as tarifas são ainda prejudiciais aos países mais pobres, principalmente, os da África. Dessa forma, torna-se necessário implementar políticas comerciais que reduzam as barreiras tarifárias para que os países menos desenvolvidos possam competir de forma justa e, consequentemente, continuem ganhando participação no mercado internacional de algodão.