Variabilidade genética e filogeografia da espécie ameaçada de extinção Melipona capixaba Moure & Camargo (Hymenoptera: Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cristiano, Maykon Passos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Mestrado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4715
Resumo: A abelha Melipona capixaba popularmente conhecida como "uruçu negra", "pé de pau" ou "uruçu capixaba" foi descrita pela primeira vez em 1994 no município de Domingos Martins no estado do Espírito Santo. Esta espécie é endêmica de áreas de altitudes (700 a 1000 m) da região serrana do Espírito Santo e está relacionada com espécies de grupos amazônicos. Mesmo com sua recente descoberta, M. capixaba já se encontra na lista de espécies ameaçadas de extinção do IBAMA. Os principais fatores para esta condição seriam o desaparecimento e a fragmentação de seu habitat. Apesar da importância ecológica e do risco de extinção, poucos estudos com M. capixaba foram realizados. Assim, com o objetivo de obter dados que possam contribuir para o entendimento da estrutura genética de M. capixaba, nós conduzimos estudos filogeográficos e de variabilidade genética desta espécie, com base em análise do DNA mitocondrial. Foram analisadas sequências de 850 pb do gene COI de 61 indivíduos de M. capixaba amostrados no estado do Espírito Santo, em áreas de ocorrência desta abelha, 31 haplótipos foram identificados e foram estimados os índices de diversidade nucleotídica (π = 0,00719) e diversidade haplotípica (Hd = 0,9235). A árvore filogenética obtida por inferência bayesiana e a rede de haplótipos estabelecida pelo método median-joining, mostraram a formação de quatro grupos, porém, sem evidências de estruturação geográfica, uma vez que alguns indivíduos geograficamente distantes agruparam em um mesmo clado. Este padrão de distribuição geográfica encontrado na população de M. capixaba analisada pode decorrer da prática de translocações de colônias ou troca de discos de cria, o que é relativamente comum na região. A possível recente colonização de M. capixaba na região serrana do Espírito Santo pode estar, também, contribuindo para o padrão de distribuição geográfica observado.