Avaliação de imunogenicidade de camundongos BALB/c após inoculação com proteína ligante de heparina de Leishmania chagasi
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Mestrado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2377 |
Resumo: | A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por parasitos intracelulares da espécie L. infantum/chagasi. Esses protozoários possuem um forte tropismo por órgãos viscerais, nos quais se proliferam e causam graves lesões podendo resultar em óbito do paciente se não for tratada. Moléculas presentes no parasito consideradas como fatores de virulência vêm sendo intensamente pesquisadas. Entre elas estão as proteínas ligantes de heparina (PLH), que são glicoproteínas relacionadas em diversos trabalhos da literatura com o processo de adesão entre células. Nesse trabalho utilizamos a PLH de L. chagasi (PLHLc) em experimentos de imunização de camundongos BALB/c para avaliar sua imunogenicidade. Foram avaliadas a proliferação celular, produção de citocinas (IFN-γ, IL-4 e IL-10), de óxido nítrico (NO) e dos isotipos de anticorpos IgG1/IgG2a após a imunização com PLHLc associada ou não com Adjuvante Incompleto de Freud (AIF). Os animais foram imunizados por via intraperitoneal, sendo submetidos a duas doses de reforço utilizando o mesmo protocolo da primeira imunização. Antes de cada imunização o sangue foi coletado para a obtenção de soro e posterior dosagem de IgG1 e IgG2a. Duas semanas após o último reforço, os camundongos foram eutanasiados e o baço foi coletado para o ensaio de linfoproliferação e análise da produção de citocinas e NO por ELISA e pelo método de Griess, respectivamente. Nossos resultados mostraram que esplenócitos do grupo tratado com PLHLc, após estímulo in vitro com antígeno particulado de L. chagasi (AgLc) ou com PLHLc, apresentaram aumento de linfoproliferação e de produção de IFN-γ, IgG2a, NO e IL-10 em relação aos do grupo não tratado, porém com níveis mais altos de produção de IFN-γ e mais baixos de IgG1, quando comparado com os do grupo vacinado com PLHLc + AIF. Já o grupo PLHLc + AIF, sob as mesmas condições de estímulo in vitro, apresentou um aumento de linfoproliferação e dos níveis de IFN-γ, NO, IL-4, IgG2a, IgG1 e IL-10 no baço quando comparados com os resultados do grupo não vacinado. Como podemos observar, foram obtidos dois perfis distintos de resposta imune durante as imunizações, sendo um perfil Th1 observado no grupo imunizado somente com a PLHLc e um perfil misto Th1/Th2 quando a proteína foi utilizada associada ao adjuvante nos experimentos. Os dois perfis obtidos são relatados na literatura com a proteção contra a LV. Esses resultados mostram que a PLHLc é um forte candidato a antígeno vacinal para o uso em formulações vacinais, e que experimentos adicionais são necessários para avaliar a capacidade de proteção contra desafios por L. chagasi para o uso da PLHLc no controle da LV. |