Desempenho do fomento do órgão florestal de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2967 |
Resumo: | Os objetivos gerais deste trabalho foram: analisar o desempenho do fomento florestal para as diversas regionais e núcleos do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG), no período de 1989 a 2006; identificar os benefícios e os aspectos a serem melhorados neste fomento; e realizar análise financeira e simulação de risco de investimento em projetos de reflorestamento com eucalipto, visando à produção de carvão e madeira, com e sem fomento florestal. Para alcançar seus objetivos, este estudo foi dividido em dois capítulos. No capítulo 1, o trabalho foi realizado com base em dados sobre as 13 regionais e os 49 núcleos de atuação do IEF/MG. Foram utilizados 12 indicadores de desempenho, definidos através de reuniões com técnicos do referido órgão. Os dados foram avaliados por meio da análise tabular, em gráficos de médias aritméticas. Para analisar o desempenho do fomento florestal do IEF/MG em relação às variações na área plantada e nos recursos oferecidos ao produtor, foi proposto um modelo estatístico estimado pelo Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). No período de 1989 a 2006, as regionais Mata e Rio Doce obtiveram o melhor resultado, juntas sendo responsáveis por 33% do desempenho. As regionais que apresentaram desempenho mais baixo foram as do Triângulo, Norte e Alto Médio São Francisco. No desempenho dos núcleos, os que apresentaram melhores resultados foram: Viçosa, Timóteo, Guanhães e Oliveira. Já para o ano de 2006, a regional Centro Norte obteve melhor desempenho, sendo responsável por 14,9% do desempenho obtido. As regionais que apresentaram desempenho mais baixo foram: Sul, Alto Médio São Francisco e Norte. Os núcleos que apresentaram melhor desempenho foram Oliveira e Pompéu, juntos responsáveis por 17,2% do desempenho observado. Adotando o método MQO, observou- se que o desempenho do fomento florestal do IEF/MG é mais afetado pelo número de fomentados visitados. A estimativa da receita total gerada pela venda de carvão proveniente de reflorestamento do fomento do IEF em 2006 foi de US$ 314.067.218,69. A receita arrecadada com impostos pelo estado (ICMS) foi de US$ 56.532.099,36 e o número estimado de empregos gerados pelo órgão em 2006 foi de 8.046. Pode- se concluir também pela necessidade de um maior número de técnicos envolvidos com a atividade de fomento florestal. No capítulo 2, foi feita uma análise financeira mediante os métodos de avaliação de projetos florestais, e para a análise de risco utilizou-se a técnica de simulação de Monte Carlo, mediante o programa @RISK. Entre os projetos testados, o que visava à produção de carvão com fomento do IEF obteve melhor desempenho financeiro, com valor presente líquido (VPL) igual a R$ 4.007,76/ha, taxa interna de retorno (TIR) de 29% a.a. e benefício periódico equivalente (BPE) igual a R$ 507,51/ha/ano. Verificou-se que os custos de colheita, transporte e carvoejamento são responsáveis pela maior parcela do custo total dos projetos. A simulação da análise de risco indicou que as variáveis que afetaram o valor presente líquido (VPL) para os projetos cuja produção final é o carvão, na sua ordem de importância (R), foram: preço dos produtos, produtividade da floresta, taxa de juros, custo de colheita e custo de implantação. Já para a produção de madeira, observa-se que a ordem de importância se altera quando se analisa o custo de colheita e de implantação, sendo o custo de implantação o mais influente de forma negativa sobre o VPL do projeto sem fomento florestal. |