Substituição do farelo de soja por levedura seca inativa em dietas de bovinos de corte
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5700 |
Resumo: | Neste estudo foram conduzidos dois experimentos, objetivando-se avaliar o consumo e a digestibilidade aparente total e parcial dos nutrientes, o pH e a concentração de amônia ruminal, a eficiência microbiana e o balanço de nitrogênio (experimento 1) e o desempenho produtivo de bovinos de corte (experimento 2) alimentados com dietas contendo diferentes níveis de substituição (0, 25, 50, 75 e 100%, na matéria seca) do farelo de soja por levedura seca inativa. A relação volumoso:concentrado foi de 60:40, usando-se como fonte de volumoso a silagem de milho. No experimento 1, foram utilizados cinco novilhos Nelore, castrados, com peso médio inicial de 320±39 kg, fistulados no rúmen e no abomaso, distribuídos em um Quadrado Latino 5x5. Cada período experimental teve duração de 18 dias, sendo dez para adaptação às dietas e oito para coleta das amostras. O óxido crômico foi utilizado para estimar a excreção fecal e o fluxo dos nutrientes. Foram feitas coletas spot de sangue e urina para determinação do nitrogênio ureico plasmático, da eficiência microbiana e do balanço de nitrogênio. As coletas de líquido ruminal para as mensurações de pH e da amônia foram realizadas antes (0) e 2, 4 e 6 horas após a alimentação. Foi observado efeito de levedura (P<0,10) sobre os consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) e nutrientes digestíveis totais (NDT). No entanto, o consumo de carboidratos não fibrosos (CNF) não foi afetado (P>0,10) pelos níveis de levedura nas dietas. As digestibilidades total, ruminal e intestinal dos nutrientes também não foram afetadas pelos níveis de levedura (P>0,10). Constatou-se efeito de dietas e tempo de coleta para o pH e a concentração de amônia ruminal, cujos dados ajustaram-se a modelos linear e quadrático, respectivamente. Não foi detectado efeito significativo de níveis de levedura sobre a excreção urinária de ureia (NUU) e ureia plasmática (NUP), bem como sobre as concentrações de alantoína (ALA), ácido úrico (ACU), purinas totais (PT), alantoína em relação às purinas totais (ALA/PT) e eficiência microbiana (Efmic), obtendo-se médias de 45,79 g/dia, 15,55 mg/dL, 115,21, 9,47, 124,68 mmol/dia, 92,36% e 157,1 gPBmic/kg NDT, respectivamente. O nitrogênio da urina (N-urina) e a ingestão de nitrogênio (N-ing) decresceram linearmente com o aumento do nível de substituição do farelo de soja por levedura seca. Houve efeito quadrático de levedura sobre o balanço de nitrogênio (BN), estimando-se valor mínimo de 21,91g/dia para o nível de substituição de 52,53% de levedura. No experimento 2, foram avaliados o consumo e a digestibilidade aparente total dos nutrientes, o ganho de peso, o ganho médio diário de carcaça, o rendimento de carcaça e a conversão alimentar de bovinos de corte, recebendo as mesmas dietas do experimento anterior. Foram utilizados 35 novilhos Nelores, não castrados, com peso médio inicial de 370±42 kg, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados, com cinco tratamentos e sete repetições. Os consumos de MS, MO, PB, EE, em kg/dia, decresceram linearmente (P<0,10) com os níveis de levedura. Não houve efeito (P>0,10) de levedura sobre os consumos de FDNcp, CNF e NDT, independentemente da forma que foram expressos. Houve efeito quadrático (P<0,10) de levedura sobre o consumo de MS, em porcentagem do peso vivo, estimando-se o valor máximo de 2,15% para a dieta com 26,98 % de levedura seca inativa. A digestibilidade da PB aumentou linearmente (P<0,10) com os níveis de levedura, enquanto a digestibilidade aparente dos demais nutrientes não foi influenciada (P>0,10) pela inclusão de levedura. O ganho médio diário decresceu linearmente com os níveis crescentes de levedura. Por sua vez, o ganho médio diário de carcaça, o rendimento de carcaça e a conversão alimentar não foram influenciados pelas dietas (P>0,10), registrando-se médias de 0,91 kg/dia, 56,33 % e 7,57, respectivamente. A levedura seca inativa possui potencial de substituição ao farelo de soja em dietas de bovinos de corte, uma vez que não altera a digestibilidade total e parcial dos nutrientes, o balanço nitrogenado e a eficiência microbiana, bem como o ganho médio de carcaça, estando o seu uso condicionado a fatores econômicos. |