Substituição do farelo de soja por levedura seca inativa em dietas de ovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rufino, Leidy Darmony de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5701
Resumo: Este estudo foi conduzido com base em dois experimentos, objetivando-se avaliar o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes, o pH e a concentração de amônia ruminal e o balanço de nitrogênio (Experimento 1) e o consumo de nutrientes, o desempenho produtivo e a qualidade da carne de ovinos (Experimento 2) alimentados com dietas contendo diferentes níveis de substituição (0, 33, 67 e 100%, na matéria seca) do farelo de soja por levedura seca inativa. As dietas consistiram de 60% de concentrado e 40% de silagem de milho e foram formuladas para serem isonitrogenadas (15,5% de proteína bruta, na matéria seca). No experimento 1, foram utilizados quatro ovinos Santa Inês, não castrados, com peso médio inicial de 25,6±3,1 kg, fistulados no rúmen, distribuídos em um Quadrado Latino 4 x 4. Cada período experimental teve duração de 17 dias, sendo 10 para adaptação às dietas e sete para a coleta de dados. Foi feita coleta total de fezes e urina do 11º ao 16º dia de cada período experimental para determinação da digestibilidade aparente dos nutrientes e do balanço de nitrogênio. As coletas de líquido ruminal para as mensurações de pH e amônia ruminal foram realizadas antes, 2, 4 e 6 horas após a alimentação, no 17º dia de cada período experimental. Os consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT) em g/dia, não foram afetados (P>0,05) pelos níveis de levedura seca inativa. Os consumos de MS e FDNcp (g/kg), decresceram linearmente (P<0,05) com o aumento dos níveis de levedura seca nas dietas. Os diferentes níveis de levedura seca inativa não promoveram variações (P>0,05) na digestibilidade aparente de CNF. Observou-se efeito quadrático (P<0,05) de níveis de levedura sobre as digestibilidades aparentes de MS, MO, PB, EE e FDNcp, bem como para o teor de NDT, estimando-se valores máximos de digestibilidade e NDT de 79,30, 81,67, 80,33, 75,52, 63,57 e 80,87%, respectivamente, para os níveis de 43,96, 44,71, 44,07, 43,91, 43,27 e 48,06% de levedura seca inativa. Observou-se efeito de dietas e de tempo de coletas para a concentração de nitrogênio amoniacal no rúmen, cujos dados ajustaram-se a um modelo quadrático. Não foi observado efeito de dietas (P>0,05) para o pH ruminal, no entanto observou-se efeito de tempo de coletas, cujos dados ajustaram-se a um modelo quadrático. O balanço de nitrogênio não foi afetado (P>0,05) pelos níveis de levedura seca inativa. No experimento 2, avaliou-se o consumo, o ganho de peso, o ganho médio diário de carcaça, o rendimento de carcaça, a conversão alimentar e a qualidade da carne de ovinos recebendo as mesmas dietas do experimento 1. Foram utilizados 36 ovinos Santa Inês, não castrados, com peso médio inicial de 20,2±0,5 kg, distribuídos num delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e nove repetições. O experimento teve duração de 78 dias, divididos em três períodos de 21 dias, após 15 dias de adaptação. Os consumos de MS, MO, PB, EE, FDNcp, CNF e NDT não foram afetados pelos níveis de levedura seca inativa nas dietas (P>0,05). O ganho médio diário, ganho médio diário de carcaça, rendimento de carcaça e a conversão alimentar não foram afetados (P>0,05) pelos níveis de levedura seca inativa nas dietas. A espessura de gordura subcutânea reduziu linearmente (P<0,05) com o incremento dos níveis de levedura seca inativa nas dietas. Observou-se efeito quadrático (P<0,01) de levedura seca inativa sobre a temperatura inicial das carcaças, apresentando valor máximo de 37,26ºC ao nível de 48,35% de levedura seca. Os valores de amarelidez da carne ajustaram-se a um modelo quadrático (P<0,05), estimando-se valor mínimo de 7,49 para o nível de 63,29% de levedura seca. A luminosidade da carne reduziu linearmente (P<0,05) com o aumento dos níveis de levedura seca inativa. Os teores de proteína bruta e cinzas da carne aumentaram linearmente (P<0,05) e os teores de gordura intramuscular reduziram linearmente (P<0,05) com o aumento dos níveis de levedura seca inativa nas dietas. As perdas por exsudatos e a maciez da carne dos animais não foram afetados (P>0,05) pelos níveis de levedura seca inativa. A levedura seca inativa pode substituir até 100% do farelo de soja em dietas de ovinos, sendo a utilização deste co-produto dependente de fatores de ordem econômica e disponibilidade no mercado.