Farelo de mamona destoxificado na dieta de cordeiros
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1840 |
Resumo: | Este trabalho foi elaborado a partir da condução de um experimento, o qual gerou informações que serão apresentadas na forma de três capítulos. Avaliou-se a substituição do farelo de soja pelo farelo de mamona destoxificado, em quatro níveis, 0; 33; 67 e 100% (com base na matéria seca) no concentrado de cordeiros Santa Inês. No primeiro capítulo, descreveu-se o desempenho de 24 cordeiros da raça Santa Inês, com peso corporal médio de 18,5 kg e média de quatro meses de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos, sendo estes os níveis de substituição (0; 33; 67 e 100%) do farelo de soja pelo farelo de mamona destoxificado e seis repetições. O consumo de matéria seca (MS) (g/dia, % Peso Corporal (PC) e g/PC0,75), carboidratos totais (CT), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), nutrientes digestíveis totais (NDT), energia metabolizável (EM) e energia digestível (ED) não foi influenciado pelos níveis de farelo de mamona, não sendo ajustado nenhum modelo aos dados. O consumo de fibra em detergente neutro (FDN) (g/dia, %PC e g/PC0,75) apresentou resposta linear crescente. Já para o de carboidratos não fibrosos (CNF) (g/dia) e extrato etéreo (EE), observou-se resposta linear decrescente. Não foi observado efeito dos níveis de substituição do farelo de soja pelo farelo de mamona sobre o coeficiente de digestibilidade da MS, MO, PB, FDN, CT e CNF, exceto para o EE, que apresentou comportamento linear crescente. O peso corporal final, ganho médio diário e ganho de peso total apresentaram efeito linear decrescente com a inclusão dos níveis de farelo de mamona na dieta. Já para a conversão alimentar, verificou-se comportamento linear crescente. No segundo capítulo, relatou-se o comportamento ingestivo de ovinos da raça Santa Inês recebendo dietas com diferentes níveis de farelo de mamona destoxificado no concentrado. Foram utilizados 24 ovinos, com peso corporal médio de 18,5 kg e quatro meses de idade. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e seis repetições. Os tratamentos foram constituídos de quatro níveis de farelo de mamona (0; 33; 67 e 100%) em substituição ao farelo de soja. O consumo de MS não foi afetado pela inclusão de farelo de mamona no concentrado. Já para o FDN, observou-se aumento. A atividade de alimentação não foi afetada com a inclusão de farelo de mamona. O tempo de ruminação aumentou, enquanto o de ócio reduziu com a inclusão de farelo de mamona. O tempo de alimentação, expresso em minutos por kg de MS e FDN, não foi influenciado pela inclusão de farelo de mamona na dieta, apresentando valores médios de 373,3 e 880,0 minutos por kg de MS e FDN, respectivamente. A ruminação, expressa em minutos por kg de FDN, não foi alterada. O número de mastigações e tempo gasto por cada bolo ruminado não foram alterados pela inclusão de farelo de mamona na dieta. Os períodos de alimentação, ruminação e ócio não diferiram com a inclusão dos níveis de farelo de mamona. A eficiência de alimentação, expressa em g de MS e FDN por hora, não foi influenciada pela inclusão de farelo de mamona na dieta. A eficiência de ruminação, expressa em g MS por hora, foi reduzida, enquanto a eficiência de ruminação, expressa em g FDN por hora não foi afetada. A adição de farelo de mamona não altera o tempo de alimentação e eficiência de alimentação de ovinos confinados. Porém, reduz a eficiência de ruminação e aumenta a ingestão de FDN em cada refeição e a ruminação da FDN. No terceiro capítulo, descreveu-se a composição química em ácidos graxos do músculo Longissimus dorsi de cordeiros Santa Inês alimentados com dietas com diferentes níveis (0; 33; 67 e 100%) de farelo de mamona no concentrado. Foram utilizados 24 ovinos, com peso corporal médio 18,5 kg e média de quatro meses de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e seis repetições. Não houve efeito da inclusão de farelo de mamona sobre as percentagens de umidade, cinza, proteína bruta e lipídeos totais do músculo Longissimus dos cordeiros. A inclusão de farelo de mamona no concentrado influenciou, de forma quadrática negativa, os ácidos graxos pentadecanóico (C15:00) e α- linolênico (C18:03n3), apresentando ponto de mínima de 5,08 e 0,15% no nível de 53,47 e 54,16%, respectivamente. Já para o ácido oléico (C18:01n9), observouse comportamento quadrático positivo, apresentando ponto de máxima de 51,05% no nível de 35,41% de farelo de mamona. Para os ácidos graxos docosanóico (C22:0) e γ- linolênico (C18:03n6), verificou-se comportamento linear decrescente. Os demais ácidos graxos não foram alterados pela adição de farelo de mamona. Os teores totais de ácidos graxos monoinsaturados foram influenciados, de forma quadrática positiva, pelos níveis de inclusão de farelo de mamona no concentrado, apresentando valor máximo de 51,63% para o nível de 40,43% de farelo de mamona. |