Produtores integrados na Zona da Mata Mineira: uma análise sobre as novas formas de sociabilidade rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Toledo, Gilson Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4180
Resumo: Diante das mudanças ocorridas no Brasil como decorrência da modernização da agricultura, considerou-se necessário reconhecer as especificidades advindas da diversidade de agricultores familiares existentes no país. Entre eles, foram escolhidos os produtores integrados de frango de corte que possuem um forte vínculo com a agroindústria, com a tecnologia e com uma produção voltada para atender as exigências do mercado de alimentos. Devido a essa característica, partiu-se do pressuposto de que esses produtores estariam desenvolvendo novas sociabilidades em suas relações sociais. Após o reconhecimento da realidade da Zona da Mata Mineira, constituída por aproximadamente 500 produtores integrados, objetivou-se nesta pesquisa analisar as novas formas de sociabilidade dos produtores integrados diante do processo de modernização da agricultura e, portanto, de uma nova fase da economia agrícola fortemente marcada pelo incremento das relações entre agricultura e indústria. O trabalho foi desenvolvido partindo do estudo de caso constituído por dez famílias de produtores da microrregião de Ubá integrados à Pif Paf Alimentos S/A. Para tanto, foi analisada a trajetória da ocupação e do processo de desenvolvimento agrícola na Zona da Mata Mineira, procurando evidenciar as diferentes trajetórias do campesinato nessa região a confinar a pesquisa em literatura especializada, entrevista semiestruturada, relatos orais e falas livres. Estes instrumentos de pesquisa possibilitaram entender como esses agricultores chegaram à condição de produtores integrados à agroindústria, além de permitir identificar como se manifesta a sociabilidade em diferentes espaços de inserção social. Diante dessa condição de trabalho e de vida, observou-se que diferentes espaços de sociabilidades foram criados e outros foram influenciados pelas condições da inserção nessa forma de integração produtiva. Assim, pôde-se perceber que surgiram modalidades de sociabilidades distintas nos espaços formais e informais de interação social desses produtores. Constatou-se que os lugares tradicionais de vínculos sociais sofreram diferentes dinâmicas nos modos de organização e participação. Observou-se também que, mesmo mantendo um forte vínculo com as exigências da agroindústria e do mercado, ainda permanecem características da campesinidade. No entanto, novas formas de sociabilidade estão sendo desenvolvidas, ocasionando decorrências nas ações e interações entre os produtores integrados. Reconheceu-se, portanto, as vivências dos indivíduos envolvidos na pesquisa, assim como os novos hábitos e valores sociais que foram desenvolvidos ao longo do tempo, de acordo com a opção por atuarem como produtores integrados à agroindústria.