Resistência de genótipos de trigo à brusone (Pyricularia grisea)
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Mestrado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4546 |
Resumo: | O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea cultivada e utilizada como fonte de energia no mundo todo, sendo cultivado em várias regiões do Brasil. No entanto, a severidade de algumas doenças e o controle químico ineficaz, vêm ameaçando a triticultura brasileira. Entre as doenças, a brusone do trigo causada pelo fungo Pyricularia grisea, vem ganhando um papel de destaque, podendo reduzir a produtividade das lavouras em até 70%. O controle químico da doença tem sido insatisfatório e existem poucas informações sobre resistência genética disponível na literatura. O uso da resistência é a melhor maneira de controle de doenças, tanto pelas vantagens do ponto de vista econômico, quanto ambiental. Diante desses fatos, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de genótipos de trigo à brusone para posterior uso em programas de melhoramento genético. Foram obtidos 10 isolados de diferentes regiões produtoras do cereal no Brasil. Os isolados foram repicados para meio BDA (batata, dextrose e Agar) e após desenvolvimento e purificação das colônias foram transferidos para meio AV (aveia e Agar), sendo mantidos sob temperatura de aproximadamente 25ºC e regime de luz de 12 horas, durante 10 dias, para que ocorresse esporulação do fungo. A concentração do fungo empregada nas inoculações foi ajustada para 1,2 x 105 esporos/mL. No primeiro experimento, as plantas foram inoculadas quando apresentavam quatro folhas. As plantas foram mantidas em condições controladas a 25ºC e avaliadas sete dias após a inoculação. As plantas foram classificadas conforme o tipo de infecção e, posteriormente, foram calculados o Espectro de Resistência Relativo (ERR) (porcentagem de isolados que o genótipo expressou resistência) e o Índice de Doença (ID) (resistência de um genótipo usando toda a gama de tipos de infecção). Os valores de ID foram considerados diferentes (p≤0,05) caso seus intervalos de confianças (95%) não se sobrepusessem. Os genótipos IVI 04033, VI 07443, VI 07505, IVI 04028, VI 07157, VI 04026, VI 98053 e VI 07160 apresentaram suscetibilidade a mais de 80% dos isolados. Cinco cultivares e quatro linhagens apresentaram ERR maior que 50% e IDs menores que 0,6. Dentre as linhagens, destacaram-se VI 04098 e VI 07094 com ERR maiores que 80%, se equiparando a variedade IPR 85. No segundo experimento, conduzido em condições de campo, a inoculação foi feita de forma escalonada, de acordo com o ciclo dos genótipos de trigo, quando as plantas atingiram o estádio 58-60 da escala de Zadoks (1974), sendo aplicado 1L de suspensão de conídios de P. grisea na concentração de 1,2 x 105/mL por parcela. A produtividade foi avaliada pela colheita de cada parcela útil (3 m2). A incidência da doença foi avaliada pela porcentagem de espigas infectadas e a severidade foi avaliada pela porcentagem de espiguetas infectadas em cada espiga. A produtividade variou de 879 a 3983 kg/ha; a incidência da doença variou de 0,86 a 84,24% e a severidade variou de 0,48 a 65,29%. Sete genótipos que foram classificados como MR, três genótipos como MS e nove como S. Destacaram-se as cultivares CD 116, CD 104, IPR 85 e a linhagem VI 07094 com produtividades superiores a 3000 kg/ha e severidades menores que 6%. As três variáveis: incidência, produtividade e severidade, apresentaram correlação significativa entre si. |