Alterações fisiológicas e bioquímicas em sementes e plântulas de Crambe abyssinica Hochst sob estresses hídrico e salino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Martha Freire da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6406
Resumo: O crambe (Crambe abyssinica Hochst), oleaginosa pertecente à família Brassicaceae, é uma planta rústica, tolerante ao déficit hídrico, ao frio e às pragas. Sua produção comercial no Brasil ainda não é expressiva. Contudo, devido a características de rusticidade, a cultura apresenta potencial para ser cultivada nas diversas regiões brasileiras. Sabe-se que fatores abióticos, como o déficit hídrico e a salinidade dos solos, podem ocorrer em áreas agrícolas e prejudicam o metabolismo das plantas. Estudos que visam avaliar o desempenho do crambe sob condições de estresses são ainda incipientes. Diante disso, o presente estudo teve por objetivo avaliar as alterações fisiológicas e o sistema de defesa antioxidativo de sementes e plântulas de crambe quando submetido aos estresses hídrico e salino. Sementes da cultivar FMS BRILHANTE foram submetidas aos estresses hídrico e salino, simulados pelas soluções de PEG 6000 e KCl, nos potenciais -0,2, -0,4, -0,6 e -0,8 MPa. As sementes de crambe semeadas diretamente sob o substrato umedecido com água destilada, potencial 0,0 MPa, constituíram-se como tratamento testemunha. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados por meio da determinação do grau de umidade; das curvas de embebição; dos testes de germinação; primeira contagem de germinação; emergência; índice de velocidade de emergência; comprimento de raiz e de hipocótilo; matéria fresca, seca e teor de água das plântulas; e da determinação da atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e peroxidase (POX). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x5 (tipos de solução e potenciais osmóticos), com quatro repetições. Para comparar o efeito das duas soluções, utilizou-se o teste F e para comparar o efeito de cada tratamento com relação à testemunha, processou-se o teste Dunnett. Para os potenciais osmóticos, foi utilizada a análise de regressão. A redução do potencial osmótico da solução afetou a absorção de água pelas sementes de crambe, prolongou a fase II e atrasou via emissão radicular, sendo o efeito de restrição de água mais pronunciado no estresse hídrico, simulado pelo PEG 6000, que no estresse salino, induzido pelo KCl. A germinação e o vigor de sementes e plântulas de crambe foram mais afetados negativamente pelo estresse hídrico, por PEG 6000, que pelo salino, por KCl. Sob estresse salino, houve aumento da atividade das enzimas SOD e CAT nas concentrações intermediárias de sal e redução linear da POX com o aumento da salinidade. O crambe apresentou moderada tolerância à salinidade.