Produção e qualidade fisiológica de sementes de crambe (Crambe abyssinica Hochst) em resposta a adubação potássica e diferentes épocas de colheita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Ludmila Fonseca da lattes
Orientador(a): Rossetto, Claudia Antonia Vieira
Banca de defesa: Zonta, Everaldo, Andrade, Antônio Carlos Silva de, Espíndola, Antônio Azevedo, Pereira, Renato Nunes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10042
Resumo: O crambe (Crambe abyssinica Hochst) é uma cultura de outono/inverno no Brasil, de ciclo curto, tolerante à seca e a temperaturas baixas, recicladora de nutrientes, participante de rotação de culturas e, suas sementes possuem elevado teor de óleo. Assim, o crambe se apresenta como uma alternativa produção de biodiesel e permite a inclusão de pequenos e médios produtores na sua produção. Estudos demonstram o efeito positivo da adubação potássica na produtividade de sementes de crambe e, a importância da determinação da época de colheita adequada, para assegurar máxima qualidade fisiológica das sementes, evitar perdas de produtividade e possíveis infecções. O objetivo foi o de avaliar a produção e qualidade fisiológica de sementes de crambe em resposta a adubação potássica e diferentes épocas de colheita. Foi instalado um experimento em campo no ano de 2013 e repetido em 2014, adotando o delineamento experimental em parcela subdividida, com quatro repetições, sendo as parcelas representadas pela adubação potássica (0, 15, 30, 60 e 90 kg K2O ha-1) e as subparcelas pelas três épocas de colheita. Foram avaliados a cada colheita, a produção por planta, os componentes de produção por planta de crambe, a produtividade das sementes e, as características morfológicas destas plantas. Em laboratório, as sementes produzidas foram submetidas às avaliações da germinação e do vigor (primeira contagem, condutividade elétrica e envelhecimento artificial), um mês após a colheita e após seis meses de armazenamento em câmara seca (18ºC e 45% UR). Pelos resultados, pode-se concluir que em 2013, a adubação potássica e a época de colheita não favoreceram a massa de matéria seca de parte aérea, o número de ramos por planta, o número de sementes por planta a massa de 100 sementes, bem como a produtividade de sementes. Em 2014, as plantas adubadas com 90 kg K2O ha-1 e colhidas nas primeiras e segundas épocas, aos 88 e 95 dias após a semeadura (DAS) apresentaram maior número e produção de sementes por planta, bem como maior massa de 100 sementes. A contribuição da produção de sementes da haste principal foi maior quando a colheita foi realizada aos 85 DAS em 2013 e, aos 88 e 95 DAS (primeira e segunda colheita) em 2014, obtidas com a dose de 90 kg de K2O ha-1. Em relação à qualidade fisiológica, as sementes colhidas na terceira época, quando avaliadas após a colheita (avaliação inicial), apresentaram menor germinação, sem tratamento para superação de dormência, independente da adubação potássica, nos dois anos de cultivo, indicando que as sementes já tinham atingido a maturidade fisiológica e que os mecanismos de superação de dormência já estavam presentes. Após seis meses de armazenamento, as sementes de crambe colhidas na terceira época apresentaram maior germinação, sem tratamento para superação de dormência, independente da adubação potássica nos dois cultivos.