Colheita mecanizada de crambe (Crambe abyssinica Hochst) no cerrado Sul-Mato-Grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Reginato, Priscila lattes
Orientador(a): Souza, Cristiano Márcio Alves de lattes
Banca de defesa: Goneli, André Luís Duarte lattes, Orlando, Roberto Carlos lattes, Mauad, Munir lattes, Silva, César José da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/208
Resumo: O Crambe abyssinica Hochst, pertencente à família das brassicaceae, é uma planta rústica, cultivada no inverno, pois é tolerante a geadas leves e resistentes a seca. Até pouco tempo, era utilizada apenas como cobertura do solo, porém devido ao alto teor de óleo contido nos grãos, o crambe tem sido cultivado como oleaginosa, sendo seu óleo empregado na indústria cosmética e para produção de biodiesel, e as áreas de produção tem aumentado, entretanto os conhecimentos acerca da produção de sementes são restritos. Dentre os fatores que afetam a qualidade das sementes estão a sua maturidade fisiológica e o processo de colheita. Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade das sementes de crambe submetidas à colheita mecanizada, onde foram estudados o ponto de colheita das sementes, o desempenho da colhedora em função da velocidade de deslocamento e rotação do cilindro trilhador e a qualidade fisiológica das sementes colhidas. O trabalho foi conduzido à campo na área experimental da Embrapa Agropecuária Oeste, localizada no município de Dourados-MS, sendo cultivada a cultivar FMS Brilhante. No Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola da UFGD/FCA foram realizadas as análises laboratoriais. Foram colhidas dez plantas da área útil da parcela, foram separados frutos verdes e secos, e caracterizou-se o teor de água e a massa específica, a massa de 1000 frutos, o teor de óleo e a germinação de sementes. Visando estudar as perdas qualitativas e quantitativas os tratamentos foram dispostos segundo delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 3x4, sendo três velocidades de deslocamento (3,0; 5,0; 8,2 km h-1) e quatro rotações do cilindro trilhador (400, 600, 800 e 1000 rpm). Quanto à colheita de crambe deve ser realizada até 105 dias após a semeadura, a partir deste período ocorre a diminuição da qualidade das sementes e queda dos frutos por deiscência. O máximo teor de óleo nas sementes foi obtido nos frutos colhidos aos 105,6 DAS, já o teor de água considerado ideal para o armazenamento das sementes, 8,74%bu, ocorreu aos 109 DAS. A maior capacidade de colheita foi obtida com o aumento da taxa de alimentação e da velocidade de deslocamento da colhedora, independente da rotação do cilindro trilhador. As menores perdas na plataforma de corte, foram observadas na velocidade de 5,04 km h-1 e rotação do cilindro trilhador entre 650 até 1000 rpm, enquanto as perdas nos mecanismos internos e perdas totais foram menores na velocidade de deslocamento de 5,04 km h-1 e quando a rotação do cilindro trilhador esteve entre 700 a 900 rpm. Em geral, recomenda-se velocidade de 5,04km h-1e rotação de 800 rpm para ter as menores perdas na colheita de crambe quando os frutos estiverem totalmente secos. Em relação à qualidade das sementes, o aumento da rotação do cilindro trilhador reduziu o seu vigor e proporcionou aumento do índice de impureza e de danos mecânicos. O menor percentual de dano mecânico, o maior vigor e maior produtividade de óleo das sementes de crambe foram obtidos com a maior velocidade de deslocamento da colhedora.