Estudo da relação de confiança em programa de fomento florestal de indústria de celulose na visão dos produtores rurais
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3170 |
Resumo: | A produção de madeira no mundo tem sido influenciada pelos impactos decorrentes da globalização das economias. No Brasil, o setor florestal tem passado por diversas transformações nos últimos anos, mudanças essas ocorridas em suas estruturas produtiva, industrial e comercial. Este estudo foi desenvolvido utilizando-se conceitos da Nova Economia Institucional, também chamada de Economia dos Custos de Transação, em que possui suas bases fundamentadas nas áreas do Direito, da Administração e da Economia. A confiança é uma das variáveis que integram a Nova Economia Institucional, por auxiliar a análise e discussão sobre as relações contratuais. Este trabalho analisou os fatores que contribuem para a relação de confiança entre o programa de fomento florestal de indústria de celulose e produtores rurais fomentados em Minas Gerais. Na coleta de dados, utilizou-se de entrevistas em profundidade e aplicação de questionários, antecedidos por pré-teste, cujos dados foram tabulados e processados por meio de uma planilha eletrónica. A amostragem foi aleatória estratificada, sendo os critérios: a) Produtor Fomentado com Contrato Finalizado composto por produtores que possuíam pelo menos um contrato encerrado com a indústria de celulose; e b) Produtor Fomentado com Contrato em Andamento constituído por produtores que não haviam finalizado nenhum contrato de fomento com a indústria de celulose. Foram aplicados 141 questionários a produtores rurais fomentados, em 48 municípios de sete microrregiões mineiras. O fomento florestal demonstrou ser importante como apoio para início da atividade florestal e garantia de mercado para comercialização da madeira. Os produtores fomentados fecharam contrato de fomento florestal para apenas a primeira rotação da plantação. O interesse dos produtores entrevistados na comercialização da segunda rotação da floresta com a indústria de celulose, indiferentemente da variação dos preços em produtos concorrentes como o carvão vegetal, foi de 18%. Entretanto, essa intenção aumenta de acordo com a possibilidade de não haver oscilações significativas nesses mercados concorrentes. Esse contexto mais estável de preços, 50% dos fomentados devem comercializar o segundo corte com a empresa fomentadora. O índice de cumprimento da relação contratual é de 98,4% dos contratos firmados com produtores rurais fomentados. A confiança e confiabilidade no relacionamento entre indústria de celulose e fomentados foi confirmada de modo geral, mas existem alguns fatores que contribuem ainda para certa desconfiança no fomento florestal, como: o sistema de medida da madeira, o custo de transporte e a ausência de política de preços que favoreça o entendimento dos produtores fomentados. |