Nas matas de Peçanha: campesinato e fomento florestal no processo de mudança agroambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Siman, Frederico Magalhães lattes
Orientador(a): Ferreira, Andrey Cordeiro lattes
Banca de defesa: Ferreira, Andrey Cordeiro lattes, Alimonda, Héctor Alberto lattes, Yeros, Paris lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18004
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo central a apresentação do estudo da mudança agroambiental no município de Peçanha, no vale do Rio Doce, Minas Gerais, a partir da relação econômica contratual estabelecida entre campesinato e agroindústria de celulose, o chamado Fomento Florestal. Nesta pesquisa buscou-se, a partir de uma perspectiva sistêmica que impõe um diálogo entre a totalidade e a especificidade, conhecer como se deu a formação do campesinato na parte Sul do município - conhecida como região de clima frio - desde a conformação de relações de produção que se expressam como relação sociedade-natureza, evidenciando a importância do trabalho na adaptação humana ao ambiente. O território conhecido localmente como região de clima frio passou por um movimento de aguda especialização produtiva a partir da década de 1970, protagonizado pela implantação de plantações arbóreas para fins industriais e energéticos. A chegada das monoculturas de eucalipto, que se deu através de ações econômicas e políticas estatais em seu período militar- autoritário, conjugadas com as transformações demográficas e uma forte concentração fundiária implicou em uma conflitualidade agroambiental que se apresenta compreensível a partir das populações camponesas que, mesmo de forma subordinada, participaram ativamente do processo de mudança, construindo, através do saber adaptativo logrado durante o transcurso de sua formação enquanto comunidades, estratégias de reprodução social, ora negando, ora colaborando com as investidas capitalistas. É sobre esta dialética, que exprime como o campesinato é destruído e reconstruído pelo movimento do capital, enquanto o destrói e se reconstrói através de sua afirmação via formas cotidianas da resistência contra a apropriação de sua base material, de que se trata este trabalho.