Efeitos da condição térmica de criação e de antibióticos na dieta sobre o desempenho e a qualidade da carne de frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cotrim, Weskley da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2904
Resumo: O estresse térmico agudo tem sido implicado na redução do desempenho produtivo e da qualidade de carne de frangos. Embora os efeitos do estresse térmico crônico e do uso de antibióticos sejam conhecidos sobre os índices zootécnicos e o rendimento em carcaça, pouco se conhece sobre seus efeitos na qualidade da carne. Assim, objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do uso de antibióticos na dieta de frangos de corte criados em ambiente de alta temperatura sobre o desempenho produtivo e qualidade da carne de peito e coxa. Para a avaliação de desempenho produtivo foram utilizados 320 frangos da linhagem Cobb e para a qualidade foram utilizados 200 frangos, divididos em duas condições térmicas de criação (CTC), conforto (CT) e desconforto térmico (DT), que por sua vez foram subdivididas com base na administração (CANT), ou não (SANT), de doses subterapêuticas de antibióticos. Verificou-se efeito de interação entre CTC e ANT apenas sobre o consumo de ração e o pH1h do peito. O consumo de ração (CR) foi menor (P<0,05) em aves criadas em desconforto térmico (DT) que receberam antibióticos na dieta. Em aves criadas em conforto térmico (CT) o pH1h do peito foi menor (P<0,05) ao se administrar antibióticos. O ganho de peso (GP) foi menor e a conversão alimentar (CA) foi maior no grupo criado em desconforto térmico (DT). Frangos criados em DT apresentaram (P<0,05) menores pesos absolutos de carcaça, peito, coxa, sobre-coxa, fígado, coração e moela que frangos criados em conforto térmico (CT). Entretanto, aves criadas em DT apresentaram (P<0,05) menor peso relativo de peito e maiores pesos relativos de coxa e sobre-coxa, indicando que a perda de peso de carcaças se deve, essencialmente, à diminuição na deposição protéica no peito. Os pesos relativos do fígado e coração sofreram redução em aves criadas em DT. O uso de antibióticos levou (P<0,05) à diminuição do peso absoluto do peito e aumento do peso relativo da coxa e não interferiu (P>0,05) nos pesos absolutos e relativos do coração, fígado e moela. O pH1h e o pH24h da coxa e o pH24h do peito apresentaram-se (P<0,05) maiores e elevados no DT. Mesmo assim, os valores de luminosidade (L*) do peito e da coxa foram maiores (P<0,05) no DT. A perda de peso por gotejamento (PPG) da coxa foi maior (P<0,05) em aves criadas em DT. O uso de antibióticos não afetou (P>0,05) os indicadores de qualidade da carne da coxa, mas, no peito, observou-se (P<0,05) redução nos valores do índice de amarelo (b*) e da cromaticidade (C*) em aves que receberam antibióticos. Embora sem afetar (P>0,05) o teor de gordura intramuscular (GIM) ou os valores de TBARS, a deposição de AGPI no músculo da coxa foi maior (P<0,05) em aves criadas em DT. Embora os valores de TBARS de aves criadas com administração de antibióticos tenham sido maiores (P<0,05), o uso de antibióticos não afetou (P>0,05) a deposição de ácidos graxos ou o teor de GIM no músculo da coxa. De maneira geral, o desconforto térmico interfere no desempenho produtivo, e na qualidade de cortes nobres de frangos de corte, sendo que os frangos criados em desconforto térmico apresentam pior desempenho produtivo e perdas na qualidade da carne de cortes nobres. O uso de antibióticos pouco interfere no desempenho produtivo e na qualidade da carne de cortes nobres.