Danos testiculares em ratos submetidos a diferentes doses de chumbo: Avaliação histomorfométrica, ultraestrutural e bioquímica
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Doutorado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/263 |
Resumo: | O chumbo é um dos contaminantes ambientais mais comuns sem nenhuma função biológica conhecida e potencialmente capaz de induzir diversos efeitos tóxicos no sistema reprodutor de homens e outros animais. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da exposição subcrônica ao acetato de chumbo sobre os testículos de ratos Wistar. Foram utilizados 25 ratos Wistar adultos divididos em cinco grupos: o grupo controle (I) recebeu água destilada e os grupos tratados (II, III, IV e V), receberam solução de acetato de chumbo nas doses de 16, 32, 64 e 128 mg Pb/kg, respectivamente, por gavagem, durante 30 dias consecutivos. Fragmentos testiculares foram fixados e processados para microscopia de luz e eletrônica. A concentração de chumbo no testículo, a atividade das enzimas antioxidantes dismutase do superóxido (SOD) e catalase (CAT) e os níveis séricos de testosterona foram quantificados. As avaliações estruturais e ultraestruturais revelaram diferentes níveis de patologias no epitélio seminífero dos animais intoxicados por chumbo, tais como vacuolizações, descamação de células germinativas, presença de corpos apoptóticos e de grandes gotículas lipídicas, além de ruptura da barreira de célula de Sertoli. A presença de edema foi evidenciada no intertúbulo dos animais tratados com chumbo. Além disso, avaliações ultraestruturais revelaram alterações nas células de Leydig e vasos sanguíneos. A túnica própria diminuiu nos grupos II e III, enquanto o percentual de epitélio seminífero foi menor nos grupos IV e V. Houve aumento no volume do espaço linfático nos grupos III e V. A proporção do espaço linfático foi maior nos grupos III, IV e V em relação ao controle. Observou-se redução significativa na proporção volumétrica das células de Leydig nos grupos expostos ao chumbo. Houve aumento no volume e proporção de tecido conjuntivo nos grupos tratados em relação ao controle. O volume e a proporção de macrófagos não variaram entre os grupos experimentais, exceto no grupo II. O volume citoplasmático e o volume das células de Leydig reduziram nos grupos tratados em relação ao controle. O percentual de lúmen tubular aumentou nos grupos II, IV e V. Observou-se redução da altura do epitélio e aumento no diâmetro do lúmen tubular em todos os ratos expostos ao chumbo. A população de células germinativas do epitélio seminífero diminuiu nos grupos tratados, ao passo que o número de células de Sertoli não sofreu alterações. A produção espermática diária e a reserva espermática, ambas por grama de testículo apresentaram redução nos grupos III, IV e V. Observou-se um aumento dose dependente na concentração de chumbo nos testículos dos ratos expostos ao metal. Houve redução significativa na atividade da catalase (CAT) e da dismutase do superóxido (SOD) nos grupos tratados. Houve redução significativa nos níveis séricos de testosterona nos grupos que receberam chumbo. Em conclusão, os resultados sugerem que a exposição subcrônica de chumbo pode induzir o estresse oxidativo através da redução da atividade das enzimas antioxidantes, promovendo uma série de alterações morfológicas, morfométricas e ultraestruturais no testículo, inibindo a esteroidogênese e comprometendo assim a função espermática. |