Desenvolvimento de protocolos para propagação in vitro de três espécies de bromeliaceae nativas do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Figueiredo, Maria de Lourdes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10270
Resumo: A destruição dos ambientes naturais das bromeliáceas, aliada à coleta indiscriminada, tem levado muitas espécies nativas à extinção. No Estado de Minas Gerais já se encontram listadas 48 espécies ameaçadas. Diante disso foram selecionas três espécies nativas deste Estado (Acanthostachys strobilacea, Aechmea bambusoides e Quesnelia quesneliana) para o desenvolvimento de protocolos de propagação in vitro. No laboratório, as sementes passaram por um processo de desinfestação e foram estabelecidas in vitro. Na fase de multiplicação in vitro, para cada espécie foi feito um experimento, testando-se cinco concentrações de BAP (0, 10, 20, 40 e 80 μM) e duas concentrações dos sais minerais de MS (50% e 100%). Avaliou-se o número de brotações formadas, a altura média das brotações e a presença de raízes nas brotações. Em seguida, as brotações foram transferidas para meio de alongamento e enraizamento. Na fase de aclimatização, as plântulas foram submetidas a experimentos distintos. No caso de A. strobilacea as plântulas tiveram as raízes removidas e foram separadas em três grupos: 1 (10 a 20 mm), 2 (30 a 40 mm) e 3 (50 a 60 mm). As plântulas de A. bambusoides foram separadas em dois grupos: 1 (20 a 40 mm) e 2 (acima de 4,1 a 60 mm). Testou-se como substrato xaxim (Dicksonia sellowiana) e aguapé (Eichhornia crassipes) nessas duas espécies. Para Q. quesneliana, selecionadas com 20 a 30 mm de altura, testou-se xaxim, aguapé e a mistura destes (1:1). Verificou-se que o tratamento de desinfestação das sementes propiciou percentagem de contaminação menor que 1%, para as três espécies. O número de brotações formadas, na etapa de multiplicação, foi maior na concentração estimada de 26,8 μM de BAP para A. strobilacea; 26,11 μM para A. bambusoides e 22,15 μM para Q. quesneliana. No entanto, a altura média das brotações diminuiu com o aumento da concentração de BAP. A formação de raízes só foi observada na ausência de BAP, para todas as espécies estudadas. O meio MS com a metade da concentração dos sais foi eficiente na multiplicação, no alongamento e no enraizamento de A. strobilacea e Q. quesneliana. Para A. bambusoides melhores resultados foram conseguidos com o meio MS não modificado. O aguapé pode ser utilizado como substrato para aclimatização das três espécies, sendo que, para Q. quesneliana, o aguapé deve ser misturado com areia na proporção 1:1.