Manejo de espécies nativas para recuperação de áreas arenizadas no sudoeste do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paim, Luciana Pinto
Orientador(a): Fior, Claudimar Sidnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/234375
Resumo: No estado do Rio Grande do Sul há uma paisagem campestre constituída por extensas áreas de solos arenizados, os quais dificultam a formação de cobertura vegetal e intensificam à ação de processos erosivos. Assim, as espécies de Butia lallemantii e Lupinus albescens apresentam características promissoras para amenizar a intensidade dessas degradações. O objetivo do estudo foi avaliar o manejo e a formação de mudas de espécies nativas para recuperação de áreas arenizadas. Mudas de B. lallemantii foram coletadas em Alegrete/RS, classificadas conforme a classe do diâmetro do estipe (CDE) e mantidas em recipientes com mistura de substrato (solo arenizado + esterco bovino + casca de arroz in natura + cinza de casca de arroz), durante oito meses. No transplante a campo, aleatorizaram-se cinco doses de NPK (0, 30, 60, 90 e 120 g/planta) e uso ou não do hidrogel. Frutos de L. albescens foram coletados em três populações (São Francisco de Assis/RS e Alegrete/RS), caracterizados quanto à sua biometria e morfologia e as sementes analisadas quanto à viabilidade sob tratamentos pré-germinativos, além de teste de conservação. Tratamentos pré-germinativos dividiram-se em três estudos: sete métodos pré-germinativos; tempos de escarificação e temperaturas para germinação, classificação quanto à fotoblastia. A campo, sementes de L. albescens foram semeadas entre mudas de B. lallemantii, sob aplicação de fertilizante NPK. Réguas graduadas foram posicionadas na área para leituras periódicas do deslocamento da areia. Os resultados do condicionamento de mudas de B. lallemantii em substrato evidenciaram elevada sobrevivência e emissão de estruturas vegetativas, principalmente nas plantas com maior diâmetro de estipe. L. albescens apontou dispersão por autocoria e coloração marrom de frutos. Tratamento pré-germinativo superior foi entre lixas, durante 40 segundos e germinação sob 25 . As sementes apresentaram comportamento independente da presença de luz, permitindo a classificação como fotoblásticas neutras. O armazenamento em ambiente sem controle de umidade e temperatura, na embalagem de papel mostraram-se adequados para a conservação das sementes. O fertilizante químico NPK não favoreceu a germinação e o desenvolvimento das plantas a campo. O deslocamento médio de areia no foi mais acentuado na primavera. Esses testes preliminares, associados a informações de outras pesquisas, permitem concluir que as espécies de B. lallemantii e L. albescens são favoráveis para uso em recuperação de áreas arenizadas, embora sejam necessários estudos mais aprofundados para auxiliar na metodologia de implantação e manejo dessas espécies.