Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Costa, Laís Mara Santana |
Orientador(a): |
Bered, Fernanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/224127
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Resumo: |
Aechmea é reconhecido como o maior e mais problemático gênero (taxonomicamente) dentro da subfamília Bromelioideae (Bromeliaceae), apresentado grande variabilidade morfológica, reprodutiva e vegetativa. Um recente estudo envolvendo as espécies de Aechmea subgênero Ortgiesia detectou um híbrido putativo entre Aechmea comata (Gaudich.) Baker e A. caudata Lindm. No mesmo estudo, A. comata e A. kertesziae Reitz demonstraram um compartilhamento de haplótipos plastidiais, o que pode ser devido à retenção de polimorfismo ancestral, à ocorrência de hibridação, ou mesmo ao fato dessas espécies serem um único taxa, já que a delimitação usando morfologia é desafiadora. Estas três espécies sobrepõem período de floração, compartilham um polinizador e são encontradas em simpatria (A. comata e A. caudata) (A. comata e A. kertesziae) na Ilha de Santa Catarina. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a delimitação taxonômica e a hibridação entre essas três espécies. Para isso, foram utilizados dez marcadores de microssatélites nucleares (nuSSR) e seis plastidiais (cpSSR), dados morfológicos e ecológicos, bem como experimentos de polinização controlados. Foram amostrados 244 indivíduos pertencentes às três espécies, oriundos de quatro populações alopátricas e quatro populações simpátricas. As análises bayesianas indicaram que cada espécie apresenta um perfil genético distinto, embora híbridos tenham sido identificados pelas análises moleculares. Aechmea comata demonstrou a maior diversidade genética já relatada para bromélias. Os híbridos identificados pelas análises bayesianas não apresentaram morfologia intermediária, dificultando sua identificação na natureza. Os dados morfológicos e ecológicos apoiam os dados moleculares de que A. comata, A. caudata e A. kertesziae são entidades distintas. Aechmea kertesziae apresentou sobreposição de características morfológicas com A. comata e A. caudata, devido à grande variabilidade intraespecífica. A análise ecológica demonstrou que as três espécies têm diferentes preferências de microhabitat. Dados de cruzamentos artificiais confirmaram a compatibilidade reprodutiva de A. comata com A. caudata e A. kertesziae. É provável que um conjunto de barreiras pré-zigóticas, como isolamento fenológico e etológico, autocompatibilidade e talvez barreiras pós-zigóticas, como baixa viabilidade ou esterilidade dos híbridos (incompatibilidades pós-zigóticas de Bateson-Dobzhanky-Muller) estejam envolvidas na manutenção da integridade de A. comata, A. caudata e A. kertesziae. |