Variedades de feijão e seus efeitos na qualidade protéica, na glicemia e nos lipídios sanguíneos em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Lujan, Dagnith Liz Bejarano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8899
Resumo: O feijão (Phaseolus vulgaris) representa uma importante fonte de nutrientes na alimentação do brasileiro. Os fatores antinutricionais presentes no feijão podem reduzir a sua qualidade protéica e, por outro lado, exercer efeitos benéficos na glicemia e nos lipídios sanguíneos. Objetivou-se avaliar a qualidade protéica de diferentes variedades de feijão e seus efeitos na glicemia e nos lipídios sanguíneos em ratos. Com a finalidade de avaliar a qualidade protéica, 42 ratos machos da linhagem Wistar, recém-desmamados, foram divididos em sete grupos experimentais. Um grupo foi mantido em uma dieta livre de nitrogênio por 14 dias e os demais grupos foram alimentados com dietas contendo entre 9 e 10% de proteínas derivadas de caseína ou de uma das cinco variedades de feijão (Ouro Branco, Pérola, BRS Radiante, Diamante Negro e Talismã). O feijão Ouro Branco apresentou maior valor do Coeficiente de Eficiência Protéica (PER relativo = 61,18 %) do que as demais variedades e o feijão BRS Radiante o menor valor (PER relativo = 44,60 %). Quanto à Razão Protéica Líquida (NPR) e digestibilidade, não houve diferença (p<0,05), pelo teste de Tukey, entre as variedades. O NPR relativo variou de 67,05 a 78,19% e a digestibilidade de 78,70 a 84,88%. Na avaliação do efeito dos feijões na glicemia, foram utilizadas três variedades de feijão e 80 ratos machos adultos, divididos em dois grupos de 40, sendo que um grupo recebeu tratamento com estreptozotocina e ou outro foi mantido como controle. Os grupos, tratado e não tratado, foram subdivididos em 4 lotes de 10 animais para compor as dietas experimentais de caseína (controle), Ouro Branco, Diamante Negro e Talismã (30g/100g dieta, na forma de farinha de feijão cozido e seco), fornecidas por 28 dias. A estreptozotocina foi administrada em 2 dosagens por via intraperitonial (50mg/kg peso) e uma pela via peniana (25 mg/kg peso). O grupo alimentado com feijão Ouro Branco recebeu somente duas doses. O tratamento com estreptozotocina elevou os níveis de glicose dos ratos em relação ao grupo não tratado, mantendo-se os níveis de hemoglobina glicosilada dentro da faixa de referência para não diabéticos ou diabéticos bem controlados. O feijão Diamante Negro reduziu significativamente (p<0,05) os níveis sanguíneos de triacilglicerol e colesterol total. Concluiu-se que as variedades de feijão exercem efeitos diferenciados na qualidade protéica, glicemia e perfil de lipídios de ratos. O feijão branco (Ouro Branco) apresentou melhor qualidade protéica e o feijão preto (Diamante Negro) o melhor potencial para controle da glicemia e dos lipídios sanguíneos, indicando que a recomendação de consumo de uma determinada variedade de feijão pode ser direcionada às demandas nutricionais ou funcionais da população alvo.