O uso da fitoterapia na doença de alzheimer: um estudo de correlação dos extratos das folhas do caryocar coriaceum.: análise fitoquímica, atividade antioxidante e toxicidade

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Cardoso, Fernando Mendonça
• Orientador(a): Scapin, Elisandra
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins; Palmas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
• País: BR
• Palavras-chave em Português: Alzheimer; Caracterização química, Compostos fenólicos; Fitoterapia; Pequi; Alzheimer's; Chemical characterization, Phenolic compounds; Phytotherapy; Beijing
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::OUTROS
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/3220

A demência do tipo Alzheimer é reconhecida, a exemplo de outras demências, como um importante problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, dos mais de 29 milhões de pessoas acima dos 60 anos, quase 2 milhões têm demências, sendo que cerca de 40 a 60% delas são do tipo DA. A fitoterapia pode desempenhar papel promissor no tratamento da DA, sendo necessário o desenvolvimento de pesquisas que forneçam dados que sustentem a utilização na prática clínica. A importância terapêutica do pequizeiro tem sido estudada e experimentos científicos confirma sua efetividade. Em parte da região Norte e Nordeste do Brasil encontra-se a espécie Caryocar coriaceum (C. coriaceum), que cumpre um papel socioeconômico fundamental para estas regiões. Visto isso, esse trabalho propos metodologia em duas fases. A primeira fase, teve como objetivo determinar o perfil fitoquímico, avaliar o potencial antioxidante e a citotoxicidade dos extratos das folhas do C. coriaceum. Os extratos das folhas foram obtidos usando duas metodologias: i) etanol 70% em aparato Soxhlet, originando o extrato bruto hidroetanol (EBH); ii) extração sequencial, iniciando com o desengorduramento, seguido da extração com metanol e etanol 70%, originando os extratos sequenciais metanol (ESM) e etanol (ESE). A triagem fitoquímica detectou presença de flavonoides, taninos, fitoesteróis/triterpenoides, quinonas e saponinas. Foi determinado teor de fenólicos totais com teores majoritários no EBH (422,55 ± 28.23 mg EAG/g), flavonoides totais com maior teor no ESM (82,39 ± 2,05 mg ER/g) e o potencial antioxidante pelo método DPPH que revelou que o EBH (17,97 ± 2,49 A µg/ml) e ESM (16,99 ± 0,66 µg/ml) são equivalentes ao padrão rutina (IC50= 15,85 ± 0,08 µg/ml). Na caracterização química por CLAE foram identificados ácido gálico, catequina, ácido siríngico, ácido clorogênico, ácido p-cumárico, naringina, vitexina, rutina e isoharmetina. A toxicidade, analisada pelo método Allium cepa, revelou que, com exceção do ESM, que os demais extratos apresentam toxicidade a partir de 50µg/ml, na qual indicam uma atividade inibitória das folhas do C. coriaceum. Os resultados sugerem potencial atividade antioxidante, hepatoprotetora, anti inflamatória, antimicrobiana, antitumoral e neuroprotetora da C. coriaceum. Já a segunda fase teve como objetivo um estudo sobre a DA e o potencial uso de plantas medicinais no tratamento da doença. Foi realizada uma revisão de literatura, incluindo trabalhos com relevância entre 2000 e 2021, publicações em bases de dados indexadas na SciFinder, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Pubmed, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), CAPES café, ScienceDirect, Medline, Bireme e Google acadêmico. Foram encontrados inicialmente 97 artigos, contudo estavam disponíveis na integra 81 artigos. Foram retirados artigos que tratavam superficialmente da temática, restando 75 artigos. Foi possível compreender que, em pacientes que fazem uso da Fitoterapia no tratamento da DA, forma identificadas melhorias no fluxo cerebral sanguíneo, elevação dos receptores nicotínicos, ocasionando melhoras na cognição, memória e retardo da evolução neurodegenerativos.