Caracterização química, avaliação da atividade antioxidante in vitro e in vivo, e identificação dos compostos fenólicos presentes no Pequi (Caryocar brasiliense, Camb.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lima, Alessandro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-30042008-090010/
Resumo: O estresse oxidativo produzido no organismo relaciona-se com o aparecimento e/ou desenvolvimento de uma série de doenças crônico-não transmissíveis. Os compostos fenólicos, presentes nos vegetais, são capazes de neutralizar as estruturas radicalares; diminuindo, portanto, o risco de surgimento de patologias a elas associadas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antioxidante do fruto e da amêndoa do pequi e a participação desta atividade na prevenção do processo oxidativo em ratos. Foram obtidos, de forma seqüencial, os extratos etéreo, alcoólico e aquoso, bem como as frações de ácidos fenólicos livres (AFL), esterificadas solúveis (AFS) e insolúveis (AFI) da polpa e da amêndoa do pequi. Todos os extratos e frações foram avaliados quanto à atividade antioxidante in vitro pelos ensaios de co-oxidação do β-caroteno/ácido linoléico, DPPH (radical 1,1-diphenil-2-picrilhydrazil), ABTS (radical 2,2\'azinobis-(3-ethylbenzthiazoline-6-sulfonic acid), ORAC (Capacidade de Absorção de Radicais Oxigênio) e Rancimat; e apresentaram expressiva atividade antioxidante. Entre os extratos, o aquoso da polpa apresentou maior atividade; entre as frações, a AFL da polpa se destacou nos ensaios β-caroteno/ácido linoléico, DPPH e ABTS. Os extratos e frações foram também avaliados quanto à composição em ácidos fenólicos, por HPLC. Encontraram-se os ácidos elágico, gálico, 4-OH benzóico, p-cumárico e procianidina B2. O ácido elágico esteve presente em todos os extratos e/ou frações, sempre em maior concentração; a procianidina B2, apenas no extrato aquoso da amêndoa. Na avaliação da atividade antioxidante in vivo, em ratos normais, foi administrado, por gavagem, extrato aquoso (100 e 300 mg/kg v.o.) e AFL (40 e 100 mg/kg v.o.) obtidos da polpa do pequi. Evidenciaram-se redução da lipoperoxidação e elevação da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa redutase (GR) no cérebro e no fígado dos animais que receberam o extrato aquoso a 300 mg/kg e a fração AFL a 100 mg/kg. Isso demonstra que o pequi possui propriedades antioxidantes tanto in vitro como in vivo.