A poesia de Sérgio Vaz em práticas de letramentos de reexistência na educação de jovens e adultos em uma escola pública do Tocantins
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras - ProfLetras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2940 |
Resumo: | Esta pesquisa-ação interventiva tem como principal objetivo promover a formação de uma “comunidade de leitores” em uma escola pública do Estado do Tocantins, a partir das práticas de leituras de textos poéticos. A proposta deste trabalho, então, baseia-se na leitura de poemas da literatura marginal-periférica, com enfoque na poesia de Sérgio Vaz, compreendida como uma prática de reexistência. Interessou-nos construir letramentos para promover reexistências além do espaço escolar. Essa escolha da poesia marginal-periférica deve-se ao fato de que os letramentos de reexistências devem ser construídos e legitimados nas unidades escolares, pois contribuem para a ressignificação de alunas e alunos, dentro e fora da escola. Esta pesquisa teve, ainda, como foco proporcionar aos estudantes o alcance de uma autonomia leitora e um aprofundamento das relações leitor e texto, em vias de ampliar competências de leituras críticas. Este trabalho foi realizado numa turma de 9º ano, da Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Ensino Fundamental, em uma escola estadual, localizada no Sudeste do Tocantins. Metodologicamente, é uma pesquisa-ação qualitativa de caráter interventivo. Esta investigação seguiu os passos da sequência didática, proposta por Cosson (2018, 2019), buscando adequá-la à realidade dos participantes, ao Projeto Político Pedagógico da unidade escolar e às práticas docentes da pesquisadora. Nosso corpus é constituído por meio da análise de diários de campo com registro de observações e de impressões sobre as aulas feitas pelos alunos e também pela pesquisadora na escola campo da pesquisa. Esses registros contemplam o período de outubro de 2019 a março de 2020. Como fundamentação teórica, adotamos os seguintes autores: Souza (2011), Petit (2017), Candido (2004), Zilberman (2012), Dalcastagnè (2018), Tennina (2017) e Nascimento (2019) entre outros. Apontamos como resultado que a prática da leitura literária desenvolvida por meio da poesia de Sérgio Vaz implica assegurar uma prática de reexistência, contribuindo para a efetivação do letramento literário dos alunos da EJA. Além disso, depreendemos que o sarau literário, umas das etapas da sequência didática, se configura como um dos modos de agenciar o letramento de reexistência na escola. O nosso corpus de análise indica que a literatura é fundamental para efetivar o letramento literário das/dos estudantes, consequentemente, ela deve ter um lugar privilegiado nas aulas de Língua Portuguesa da EJA. Ademais, a poesia de Vaz possibilitou desencadear na sala de aula um espaço de encontros, de diálogos, de trocas, de (co) existências, de multiplicidades de falas e vozes, confirmando, assim, as práticas do direito à literatura na escola. |