Avaliação da estrutura e processo dos Centros de Atenção Psicossocial I - da região de saúde Ilha do Bananal, Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marques, Paulo Ricardo Teixeira
Orientador(a): Almeida, Lia de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas - Gespol
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1086
Resumo: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde, abertos e comunitários que realizam acompanhamento clínico diário às pessoas com transtornos mentais severos e persistentes e auxiliam na reinserção social através de práticas terapêuticas que envolvem, entre outras atividades, o trabalho e o lazer. O papel do CAPS é o de promover o desenvolvimento da autonomia e da cidadania dos usuários, reintegrando-os à vida social e a convivência familiar. O objetivo geral deste estudo foi de avaliar a estrutura e processo dos CAPS I, a partir da visão dos profissionais destes centros. Os objetivos específicos foram: avaliação da estrutura organizacional dos CAPS quanto às dimensões físicas, recursos humanos e materiais; avaliação do processo de trabalho nos CAPS e elaboração de um relatório para os gestores municipais de saúde com propostas de melhorias na estrutura e processo de acordo com as deficiências encontradas. Foram estudados os CAPS da Região de Saúde “Ilha do Bananal”, sendo os CAPS I (nos municípios de Formoso do Araguaia e Gurupi) que atendem pacientes com transtornos mentais diversos. No referencial teórico buscou-se compreender aspectos relacionados ao histórico das políticas públicas em saúde mental; os CAPS no contexto dos serviços de saúde mental; avaliação em saúde e avaliação da qualidade nos CAPS. A metodologia adotada foi de natureza quantitativa e qualitativa. A coleta de dados deu-se por um questionário com 102 perguntas norteadoras. Foi observado na dimensão “processo”, em relação às condições de trabalho, 50% dos participantes relataram que melhorou pouco, 25% relataram que as condições de trabalho pioraram desde que entraram no emprego e os outros 25% relataram que não mudaram nada desde que entraram no emprego. Em relação ao contato individualizado do paciente, 100% responderam que seria necessária uma frequência mais adequada de contato individual, entre os membros da equipe e o paciente, de pelo menos uma vez ao dia. A falta de trabalho em rede obteve os piores resultados, ou seja, os pacientes necessitam de outros serviços que o CAPS não disponibiliza. Falta de apoio da comunidade, falta de apoio da secretaria em relação aos atendimentos do CAPS também foram relatados. Quanto à dimensão da “estrutura” no que refere-e a participação no processo de avaliação, 50% responderam indiferentes, 25% responderam muito satisfeitos, 25% responderam satisfeitos. Em relação às opiniões dadas no serviço, 50% responderam que estão satisfeitos, 25% insatisfeitos e 25% muito insatisfeitos. Já em relação ao clima no ambiente de trabalho, 100% responderam que estão satisfeitos. No que tange a dimensão estrutura, como resultado insatisfatório observou-se a sobrecarga, trabalhos controlados pelos superiores, falta de estímulos, salários insatisfatórios. Sugere-se então aos gestores municipais uma maior participação da gestão nas reuniões para atenção dos cuidados da saúde, física e mental, com capacitação permanente para melhor preparação dos mesmos. Apoio em relação aos atendimentos prestados e valorização dos profissionais dos CAPS I. Neste sentido notamos que a avaliação dos serviços de saúde mental se torna imprescindível para análise da efetivação das práticas psicossociais, dinâmica do serviço, implementação e compromisso com a proposta da reforma psiquiátrica.