O ensino de L2 na Escola Índígena 19 de abril: uma análise sobre as políticas públicas e linguísticas na perspectiva dos Krahô da aldeia Manoel Alves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leite, Marília Fernanda Pereira
Orientador(a): Albuquerque, Francisco Edviges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/154
Resumo: Essa pesquisa foi desenvolvida no período de 2013 e 2014 por meio do Programa de Pós Graduação da Universidade Federal do Tocantins - PPGL-UFT e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES através do projeto do Observatório da Educação - OBEDUC em desenvolvimento com a Escola Indígena 19 de Abril do povo Krahô da Aldeia Manoel Alves, localizada entre os municípios de Goiatins e Itacajá, na região noroeste do Estado do Tocantins. Nossa pesquisa objetivou identificar e refletir sobre as práticas educativas realizadas pela Escola Indígena 19 de Abril no processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa – L2, com o intuito de compreender de que forma as políticas públicas e linguísticas voltadas para os povos indígenas brasileiros refletem no contexto dos Krahô da referida aldeia. Fundamentamo-nos em leituras sobre Educação Escolar Indígena (ALBUQUERQUE, 2013; CAVALCANTI & MAHER, 2005; LUCIANO, 2006; D’ANGELIS, 2012), políticas públicas e políticas linguísticas (PALADINO & ALMEIDA, 2012; ALBUQUERQUE, 2011; GRUPIONI, 2006; OLIVEIRA, 2006; MONSERRAT, 2006; ALTENHOFEN, 2013; MAHER, 3013) voltadas para os grupos minoritários brasileiros (CAVALCANTI, 1999), especificamente as voltadas para os povos indígenas, em leituras sobre bilinguismo (GROSJEAN,1989; MAHER, 2007) e interculturalidade (CANDAU, 2012; LOPEZ, 2013; COLLET, 2006; FLEURI, 2001), mobilizamos também discussões acerca da transculturalidade (COX & ASSIS-PETERSON 2013; DAMAS, 2009) e transdisciplinaridade (D’AMBRÓSIO, 1997; NICOLESCU, 1999; SUANNO, 2014; ALBUQUERQUE, 2009). Nossa pesquisa é do tipo etnográfico com observação participante e vincula-se a abordagem qualitativa, utilizamos como técnicas para a obtenção dos dados a observação participante, o diário de campo e a entrevista semiestruturada. Para o seu desenvolvimento realizamos entrevistas com alunos e professores indígenas, participamos das atividades culturais do povo Krahô, das atividades realizadas na escola, do processo de elaboração de livros didáticos referentes ao projeto do OBEDUC e realizamos o Estágio docente com a disciplina Língua Portuguesa como Segunda Língua para as Escolas Indígenas nas turmas do 7º Ano do Ensino Fundamental ao 3º Ano do Ensino Médio da Escola Indígena 19 de Abril. A vivência com o povo Krahô e a análise do corpus gerado revelam a importância do protagonismo indígena na construção de seus próprios processos de ensino e da política linguística adotada pela comunidade com relação ao ensino de línguas na escola presente na aldeia.