Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Midian Araújo |
Orientador(a): |
Albuquerque, Francisco Edviges |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11612/153
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Resumo: |
O contato de línguas é um fenômeno que estabelece diversas consequências nas línguas envolvidas, dentre elas destacamos a mudança de código e os empréstimos. Neste trabalho, descrevemos e analisamos os processos fonológicos e morfológicos existentes nas lexias e expressões que representam os empréstimos linguísticos derivados da língua portuguesa para a língua Krahô, pertencente à família linguística Jê e ao tronco linguístico Macro-Jê (RODRIGUES, 2002). Este estudo está vinculado ao Programa do Observatório de Educação Indígena (OBEDUC / CAPES / UFT) e integra o Programa de Pós-Graduação em Letras da UFT. Com o objetivo de influenciar nas concepções didático-pedagógicas que envolvem o ensino e a aprendizagem da língua materna na Escola Indígena 19 de Abril, investigamos a tipologia dos empréstimos e analisamos suas descrições como um processo atinente à Educação Indígena Escolar Bilíngue, Intercultural, Diferenciada e Específica à luz das contribuições teóricas de Albuquerque (1999; 2007) Romaine (1995; 2001), Weinreich (1953; 2006), Grosjean (1982), Wei (2000), Braggio (1998; 2005), Carvalho (1989). Este estudo está dividido em quatro capítulos. No capítulo 1 são apresentados os aspectos sócio-históricos e linguísticos do povo Krahô. No capítulo 2, discutimos acerca do contato de línguas, Educação Intercultural e as concepções metodológicas que dão sustentação a este estudo. A pesquisa etnográfica baseia-se nas concepções teóricas de Angrosino (2009), Beaud & Weber (2007) e Erickson (1984). No capítulo 3, analisamos aspectos referentes à diversidade linguística e ao bilinguismo. No capítulo 4, apresentamos a tipologia, a descrição e as análises dos empréstimos linguísticos de L2 em L1. As classificações dos itens lexicais neológicos formados por empréstimo usadas por Albuquerque (2009), Carvalho (1989), Haugen apud Weinreich (1953) e Mesquita (2009) serão largamente utilizadas neste trabalho. Esses autores trabalham com línguas em contato e em situação assimétrica analisando a incorporação as palavras novas da língua fonte na língua receptora. Partindo das concepções teóricas desses autores, encontramos na língua Krahô empréstimos i) lexicais, ii) não-lexicais, iii) semânticos e iv) por “loan blends”. Pudemos notar que na escola e na sociedade ocorre um empenho muito forte em favor da manutenção linguística de L1, portanto, esse trabalho pretende ser uma contribuição de fortalecimento à língua e à cultura Krahô bem como à Educação Escolar Krahô na perspectiva bilíngue e intercultural. |