Saberes tradicionais Krahô e educação escolar indígena: um diálogo possível na Escola Indígena 19 de abril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Macedo, Aurinete Macedo
Orientador(a): Albuquerque, Francisco Edviges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/157
Resumo: Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada na aldeia Manoel Alves. Analisamos como se dá o diálogo entre os Saberes Tradicionais Krahô e os Saberes Escolares na Escola Indígena 19 de Abril, bem como se dá a interação, comunidade indígena e a instituição escolar situada nessa aldeia. Para alcançarmos esse propósito, desenvolvemos pesquisa do tipo etnográfico, na perspectiva da abordagem qualitativa. Utilizamos como técnicas para a obtenção dos dados, a observação participante, o diário de campo e a entrevista semiestruturada. No período de realização da pesquisa registramos alguns rituais praticados pela comunidade Krahô e assistimos aulas na escola da aldeia para conhecermos a prática pedagógica dos professores. Observamos como são pensadas e desenvolvidas as atividades escolares e qual a participação da comunidade indígena nesse processo. Constitui a base teórica de nossas análises, as discussões de Maher (2006), D’Angelis (2012) Luciano (2006,2011), Meliá (1999), Gupioni (2000,2006), Santos (2009), Carneiro da Cunha (1998, 2010), Almeida (2010), dentre outros. Os resultados mostram-nos que o diálogo entre os diferentes saberes é possível e que a Escola Indígena 19 de Abril tem estabelecido a articulação entre os Saberes Tradicionais Krahô e os Saberes Escolares, desenvolvendo atividades que contemplam os diferentes saberes, embora tenha que constantemente confrontar-se com as burocracias do sistema educacional brasileiro que em muitas situações deslegitima a proposta pedagógica dialógica da comunidade escolar indígena. Outro aspecto evidenciado pela presente pesquisa é a constante interação que há entre a comunidade da aldeia Manoel Alves e a instituição escolar dessa comunidade fato que viabiliza o diálogo entre os saberes no contexto escolar. Essa interação enuncia a viabilidade da efetivação da educação escolar indígena bilíngue, intercultural, específica e diferenciada nessa aldeia.